A Polícia Civil vai finalmente reiniciar a operação de apreensão das máquinas caça-níqueis. O delegado da Ordem Social, Fauze Salmen , explicou, ontem, que finalmente a infra-estrutura para a retirada das máquinas de circulação deve estar à disposição da delegacia. Um acordo com o Serviço de Loterias do Paraná (Serlopar) vai propiciar o cumprimento do decreto estadual 4.599/01, de setembro do ano passado. Nele, o governador Jaime Lerner proibiu as máquinas, caracterizando-as como jogo de azar.
Na última semana, uma Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, considerou ilegal a exploração dos equipamentos. Segundo Salmen, a decisão veio apenas reiterar a posição defendida por ele e pregada pelo decreto estadual. “Só não retiramos mais máquinas de circulação por falta de estrutura. Precisamos de locais para colocar, mão-de-obra para ajudar na retirada, além de caminhões para o transporte”, salientou o delegado. Ele explicou que várias delegacias da capital já estão lotadas de máquinas. Conforme Salmen, ainda devem haver cerca de 1,5 mil máquinas operando livremente na Grande Curitiba. “No interior deve ter mais umas mil”, afirmou.
Cassação
O Tribunal de Justiça cassou liminar da 7.ª Vara Cível da Comarca de Londrina, que proibia a Polícia Civil de apreender máquinas caça-níqueis na região. O desembargador Antônio Prado Filho, do TJ, atendeu a recurso do Governo do Estado e suspendeu a liminar. Dessa forma, a polícia pode voltar a realizar ações de apreensão de máquinas caça-níqueis na região.
A liminar que coibia a ação da polícia havia sido solicitada à 7.ª Vara Cível pela Associação Paranaense das Empresas Operadoras de Máquinas Eletrônicas Programáveis (Apeomep), pelas casas de bingo Quintino e London, de Londrina, e pela Maringá Diversões Eletrônicas.
