Depois da prisão de Rosana Tokarski, 32 anos, proprietária da casa de prostituição ?Divas da Noite?, ocorrida na tarde de quarta-feira, a Promotoria de Investigação Criminal (PIC) investiga a conivência de policiais no caso. De acordo com o promotor Paulo Lima, há suspeitas que outros locais como esse já tenham sido fiscalizados por autoridades que teriam feito ?vistas grossas? às irregularidades. ?Prostituição não é crime, mas é ilegal existir uma pessoa que faça o aliciamento das mulheres e de menores?, explica o promotor.
Há várias casas desse segmento espalhadas pela cidade, com uma pessoa responsável pelo gerenciamento e que também fica com boa parte dos lucros das garotas. Entretanto, o promotor afirmou que esses locais só poderão ser fechados se a fiscalização pegar em flagrante a prática da prostituição e a pessoa responsável pelo estabelecimento. Por causa disso, a PIC também investiga a participação de policiais como informantes dos proprietários das casas. ?Várias vezes que vistoriamos esses locais não encontramos nenhum indício de prostituição. Pode ser que os responsáveis tenham ficado sabendo com antecedência da operação e se livrado do flagrante?, disse o promotor.
Aberta
O prostíbulo ?Divas da Noite?, que possuía alvará de funcionamento de pensão, continua aberto, mas para funcionar como pensão. A explicação é que as moças que trabalhavam no local eram maiores e não praticavam nenhum ação que ferisse a lei.
Já a responsável pela casa, que chegava a cobrar até 50% do pagamento dos programas feitos, responderá por favorecimento à prostituição. ?Não iremos fechar o local, mas a casa será fiscalizada pela Secretaria de Urbanismo, para que funcione apenas como pensão. Qualquer outra atividade realizada no local poderá implicar no fechamento definitivo?, explicou o promotor.
Revista
A casa de prostituição funcionava na Rua Inácio Lustosa a proprietária Rosana Tokarski foi encaminhada para o 9.º Distrito Policial. Ela já respondia por crime de exploração sexual desde 1999.