Ao mesmo tempo em que a família de Vivian Florêncio, 3 anos, alimenta esperanças de encontrá-la com vida, amarga a dor do silêncio imposto pela polícia no que diz respeito às investigações. Hoje, o tio da criança, Sérgio Florêncio, tentará chegar ao gabinete do Secretário de Segurança Pública – Luiz Fernando Delazari – para tentar descobrir em que pé estão as investigações do paradeiro da menina.

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Segundo Sérgio, o domingo de Páscoa foi bastante triste para a família. Uma cestinha repleta de chocolates foi preparada pela avó de Vivian, que assim como todos os familiares, acredita que ela possa estar viva e escondida em algum lugar. Porém, o que vem angustiando Sérgio é a falta de informações sobre o caso. A Delegacia de Homicídios assumiu as investigações, uma vez que a mãe da menina, Maria Emília Cacciatore Florêncio, 38, foi encontrada morta cinco dias depois que ambas desapareceram. Pressupondo que o autor do assassinato seja a mesma pessoa que sabe do paradeiro da criança, a delegacia especializada assumiu o caso, que também tem o acompanhamento do Serviço de Investigações de Crianças Desaparecidas (Sicride). "Nós não sabemos nada sobre as investigações, em que pé anda o processo e se há novidades, o que vem nos deixando muito agoniados", reclama Sérgio.

Outro fato que está levando o irmão de Maria Emília a procurar a Secretaria de Segurança Pública e exigir explicações, foi a forma estranha como uma importante pista para a solução do caso foi subtraída do Instituto de Criminalística. O principal suspeito da morte de Maria Emília e do desaparecimento de Vivian é o policial militar Edson Prado, lotado no Grupo Águia (um dos grupos de elite da corporação). A viatura por ele utilizada no dia 4 de março – data em que mãe e filha sumiram após um encontro com ele no centro de Curitiba – foi levada para o Instituto de Criminalística, para perícia. Um outro policial militar, cujo nome ainda não foi revelado, esteve no Instituto e se fazendo passar por investigador da Delegacia de Vigilância e Capturas, levou o veículo embora, supostamente na tentativa de dar sumiço a qualquer prova que pudesse ser levantada contra o colega de farda.

A viatura, segundo consta, chegou a ser periciada. O resultado da perícia é desconhecido, assim como também não se tem conhecimento se a pessoa responsável pela entrega do veículo será punida, ou se o PM que a levou já foi interrogado para explicar o motivo de seu gesto. "Quero saber como isso aconteceu, porque e quais serão as punições para as pessoas envolvidas nessa trama", disse Sérgio.

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