Polícia revela crueldade sem fim contra garotinha

Giovanna dos Reis Costa, 9 anos, foi sangrada viva. Enquanto o coração dela batia, um objeto foi introduzido em sua vagina, e dilacerou o períneo para que o sangue fosse recolhido.

O sangramento durou por mais de uma hora, até a menina morrer asfixiada pelos assassinos. A revelação de mais um capítulo da macabra história envolvendo os ciganos Petrovitch chegou a público ontem, junto com o oferecimento da denúncia contra eles por parte do Ministério Público. Os ciganos Renato Michel, Vera Petrovitch e Pero Petrovitch foram denunciados pelo promotor de Justiça Octácilio Sacerdote Filho pelo crime de homicídio duplamente qualificado.

Nos próximos dias o promotor irá representar criminalmente contra a mulher de Pero e a filha de Michel – a adolescente de 16 anos, também estaria envolvida no assassinato.

Na denúncia entregue ontem à juiza do município de Quatro Barras, Paula Priscila Candeo, está anexado o exame de necropsia feito pelo médico legista Carlos Alberto Baptista Peixoto, que revela a crueldade. Segundo ele, os assassinos introduziram um objeto cilíndrico com ponta irregular que dilacerou o períneo da garota, provocando a hemorragia. ?Quando examinei o cadáver, todos os órgãos estavam pálidos. Não tinha sangue algum. Ele foi jorrado porque o coração ainda funcionava enquanto ela era torturada. A retirada do sangue pode ter demorado mais de uma hora?, contou o médico. Ele garante que a menina foi asfixiada depois do sangramento.

Indiciados

Segundo a denúncia, o martírio de Giovanna aconteceu na noite de 10 de abril do ano passado, na casa dos ciganos, em Quatro Barras, horas depois de ter sido vista na rua vendendo rifas para a festa de Páscoa da escola onde estudava. Enquanto pais e amigos a procuravam pelo Jardim Patrícia – chegando a passar na frente da casa dos Petrovitch – Renato Michel, a filha dele, e o genro Pero, sacrificavam a criança para usar o sangue em um ritual macabro pré-nupcial.

Vera Petrovitch, mãe de Pero, estava em Curitiba, preparando o casamento do outro filho, aguardando o sangue de uma virgem (no caso a Giovanna) para um ritual que garantisse a virilidade do noivo. Ela foi a mentora intelectual da trama, segundo a denúncia do Ministério Público.

Renato, o pai da adolescente casada com Pero, que sempre negou ter estado em Quatro Barras naquela noite, foi desmentido pela delegada Margareth Alferes Motta que levantou provas contra o álibi dele, e outras que resultaram nos mandados de prisão de Vera, Pero e na apreensão da adolescente. ?As provas coletadas, entre elas o sangue humano achado no carro dos acusados e as escutas telefônicas feitas pela polícia, garantem o envolvimento dos denunciados no assassinato de Giovanna. ?Acredito que até o final desta semana a juíza deva dizer se acata ou não a denúncia?, finalizou o promotor.

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