Denúncias de que os acusados de matar a pancadas o representante comercial Antônio Carlos Savano, 49, estão envolvidos em outros casos de violência também investigadas pela polícia. O delegado Gutemberg Ribeiro, titular do 5.º Distrito, recebeu informações de que os dois suspeitos pertencem a uma gangue denominada "GVD". Há muito tempo moradores das imediações do Jardim Ambiental, no Alto da XV, denunciam a existência da gangue, cujos membros costumam se achar os "donos do local", promovendo arruaças, atos de vandalismo e atacando pessoas.

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Gutemberg disse que já encaminhou ofício para a Polícia Militar, para saber o número de ocorrências registradas no posto de combustível, situado na Rua Itupava, no Jardim Ambiental, onde o representante comercial foi agredido. A PM deverá também informar as ocorrências verificadas no calçadão do Jardim Ambiental, o que pode robustecer as acusações contra os membros da gangue.

Bebidas

Moradores informaram que apesar de ser proibido o consumo de bebidas alcoólicas em postos de combustível (há leis estadual e municipal proibindo esta prática), durante a madrugada é comum pessoas se reunirem ali para beber. "As denúncias são de que sempre há confusão envolvendo o grupo. Se for confirmado que este grupo espancou outras pessoas, os integrantes serão responsabilizados", salientou Gutemberg.

Até ontem um dos apontados como agressor, identificado como "Ramon", não havia se apresentado na delegacia para dar explicações sobre o crime. O outro acusado, Bruno Bressan, 23, se apresentou espontaneamente na tarde de terça-feira e foi indiciado em inquérito policial por lesão corporal seguida de morte. Caso Ramon não apareça, deverá ter sua prisão preventiva decretada.

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Proibido beber em posto

A Lei Ordinária Municipal número 11.582, vigente desde 14 de novembro de 2005, proposta pelo vereador João Cláudio Derosso (foto), estabelece que, mesmo com autorização para comercializar bebidas alcoólicas, as lojas de conveniências situadas dentro dos postos de combustíveis, não é autorizado o consumo destas bebidas em toda a área abrangida pelo posto. O vereador esclarece que a lei foi proposta justamente para evitar que pessoas saiam dirigindo alcoolizadas dos postos de combustíveis, ou até mesmo situações de agressões, como a que ocorreu com o representante comercial Antônio Carlos Savano, espancado até a morte na última sexta-feira. "Temos relatos até de pessoas que atropelaram a bomba de combustível, colocando em risco de explosão o estabelecimento", diz o vereador.

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O não-cumprimento das normas implica em penalidades, que ao serem repetidas, seguem uma ordem crescente de aplicação como notificação do estabelecimento, multa, multa em dobro, e não renovação ou cassação do alvará de funcionamento. O vereador explica que a fiscalização para o cumprimento desta lei é feita em convênio entre a Prefeitura e o governo do Estado, através da Secretaria Municipal de Urbanismo e a Secretaria Estadual de Segurança Pública. Além disso, o vereador mostra que é obrigação dos postos de combustíveis de fazer valer a lei, afixando placas e cartazes comunicando os clientes quanto à nova determinação municipal. E caso os donos de postos sintam-se lesados pelo não-cumprimento da lei, por parte dos clientes, podem chamar a polícia para fazer valê-la.