Histórias divergentes

Polícia realiza reconstituição da morte de Louise

Os três suspeitos de envolvimento na morte da estudante Louise Sayuri Maeda, 22 anos, participaram ontem à noite da reconstituição do crime, que durou duas horas.

O trabalho começou às 21h40 ao lado do Shopping Mueller e seguiu até a ponte da Rua Nicola Pellanda, sobre o Rio Iguaçu, Umbará, onde a jovem levou dois tiros na cabeça e foi jogada na água.

Elvis de Souza, 20 anos, se recusou a participar da reconstituição e sua versão foi encenada com base no interrogatório. Fabiana Perpétua de Oliveira, também de 20 anos, e Márcia do Nascimento, 21, demonstraram suas versões aos policiais da Delegacia de Vigilância e Capturas e a peritos do Instituto de Criminalística.

Os três concordam que Elvis deu o primeiro tiro, a partir de então as histórias divergem. Fabiana, a primeira a participar da reconstituição, disse que esteve na ponte com os dois e voltou para o carro, estacionado na cabeceira da ponte, quando ouviu o disparo, ao contrário do que informou na primeira versão, na qual relata que não deixou o veículo.

Ela afirmou que estava no carro e não ouviu o segundo tiro. Segundo a versão de Márcia, Elvis pediu que ela lhe ajudasse a jogar o corpo, mas, como estava pesado, Fabiana teria colaborado para atirar o cadáver no rio. A suspeita, não falou do segundo disparo. “Ele me fez pegar na perna dela. Eu não aguentei porque ela era pesada”, disse Márcia.

Interrogatório

No interrogatório, Elvis confessa ter dado o primeiro tiro, mas diz que Márcia tomou-lhe a arma e atirou também. Depois, ela voltou para o carro para guardar o revólver e retornou à ponte, onde o ajudou a jogar o corpo de Louise.

Nessa versão, Fabiana permanece o tempo todo no veículo, estacionado na cabeceira. Durante toda a simulação, Fabiana se mostrou calma enquanto que Márcia chegou a chorar por alguns instantes ao relatar como aconteceu o crime.

O delegado Marcelo de Oliveira, da Delegacia de Vigilância e Capturas, informou que irá confrontar as três versões da reconstituição com as que constam nos interrogatório. Segundo comentou, a mais verossímil é de Fabiana.

Porém, a elucidação do caso, com o motivo do crime brutal só será revelada na segunda-feira. Nesse dia, vence a prisão preventiva dos suspeitos, mas o delegado afirmou que irá pedir a prorrogação.

Louise trabalhava como gerente de uma lanchonete no shopping e desapareceu na noite de 31 de maio. Seu corpo foi encontrado dia 17 do mês passado. Fabiana e Márcia eram suas subordinadas no estabelecimento.

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