Operações rápidas, envolvendo um contingente menor de homens, com o objetivo de vasculhar várias áreas de risco – onde a criminalidade alcança níveis elevados – em tempo reduzido é a mais nova tática de repressão ao crime, que começou a ser usada pelas polícias Civil e Militar. A operação "Setembro Limpo", nome dado à primeira etapa da nova forma de segurança pública, começou dia 26 e terminou no dia 31 passado, contando com um efetivo de 80 homens.
Durante os trabalhos, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelas equipes, em diversos bairros de Curitiba. Entre os oito mandados de prisão emitidos, um resultou em detenção. Josué Moisés Dias Soares foi localizado no bairro Alto Boqueirão e encaminhado à Delegacia de Furtos e Roubos (DFR). Ele tinha contra si um mandado por roubo. Além disso, Josué estava com documento de identificação adulterado, o que lhe rendeu outra autuação, por falsidade ideológica.
Todos as pessoas detidas durante a operação foram encaminhadas às delegacias de Furtos e Roubos – quando o delito era contra o patrimônio – e Antitóxicos – por porte ou uso de entorpecente. No total, 20 pessoas foram presas e seis menores foram apreendidos.
Dinamismo
De acordo com o coordenador da operação, o delegado divisional Luís Carlos de Oliveira, essas operações menores serão realizadas periodicamente pelas polícias Civil e Militar e deverão abranger todos os bairros de Curitiba. Os locais são definidos a partir de estudos desenvolvidos pelas equipes de inteligência que mapeiam áreas de violência na capital. Com o resultado em mãos, as polícias realizam a operação. A intenção das blitze é prender foragidos da Justiça, pessoas envolvidas com o tráfico de drogas, roubos e porte ilegal de armas.
Segundo o tenente-coronel Jorge Costa Filho, da Polícia Militar, que responde pela chefia do Estado Maior do Comando de Policiamento da Capital, as operações devem acontecer periodicamente em 20 pontos por dia, em Curitiba e municípios da região metropolitana. Na ação desencadeada na última semana, os policiais agiram em 110 pontos, em Curitiba e 11 municípios vizinhos. "O objetivo não é alcançar altos números de prisões, mas sim diminuir o número de ocorrências com a presença dos policiais nas ruas", finalizou o ,policial.
O delegado Rubens Recalcatti, da DFR, explicou que esse tipo de ação ganha mais dinamismo porque é possível realizar diferentes tipos de abordagem durante um único dia e em regiões distintas. Na intervenção policial, foram realizadas três operações diferentes: pela manhã, o cumprimento específico de mandados expedidos pela Justiça; à tarde, equipes volantes realizando batidas em diversos pontos de Curitiba e à noite, realização de bloqueios em ruas e avenidas para tentar coibir o furto e roubo de veículos.