Até o final desta semana os investigadores da delegacia de Quatro Barras pretendem elucidar o mistério sobre a morte de Marta Munhoz da Silva, 33 anos. Ela foi encontrada na margem da BR -116, no sábado, em meio a vários despachos de macumba. Entretanto, a polícia não acredita que seja um crime de magia negra, mas que o criminoso depositou o corpo ali para disfarçar o real motivo do assassinato.
De acordo com o superintendente Jurandir, hoje, seis pessoas serão ouvidas na delegacia. ?Algumas informações já foram apuradas e, até o final da semana, o crime pode ser esclarecido. Não vamos revelar mais detalhes para não atrapalhar nosso trabalho?, disse Jurandir.
Perto do corpo havia vários despachos de macumba, com velas, doces, muitas garrafas de vinho e até mesmo uma galinha morta. Entretanto, a decomposição de alimentos e velas consumidas indicaram que muitos trabalhos tinham sido feito há meses, muito antes dela desaparecer, no fim de abril.
| Átila Alberti |
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| Marta: sumida desde abril. |
Desaparecimento
Marta trabalhava cerca de 15 dias em uma lanchonete no Bacacheri e encerrava seu expediente por volta das 00h30. Em 24 de abril, ela saiu da lanchonete e apanhou o ônibus para casa, em Colombo. Segundo o marido dela, Joel Teodoro da Silva, 32 anos, que trabalha durante a madrugada como taxista, Marta entrou em casa. ?Sei que ela esteve lá, porque deixou seu uniforme no cesto de roupa suja. Depois, ela saiu. Enquanto isso, nossas filhas de 11 e oito anos continuaram dormindo?, contou.
Pela manhã, como a mulher não tinha aparecido, a família passou a procurá-la e, na tarde do último sábado, descobriu que ela estava morta. O marido a reconheceu pelas roupas e pela prótese dentária. Como não foi possível extrair a impressão digital da mulher para fazer o reconhecimento formal do corpo, até ontem ela permanecia no Instituto Médico-Legal. Hoje, Joel pretende conseguir autorização judicial para enterrar a esposa. ?Tenho 100% de certeza que é ela?, contou.
Traição
Chama a atenção da polícia informações que Marta tinha um relacionamento extraconjugal. Enquanto Joel procurava pela esposa, ele descobriu que ela o traía. ?Cheguei a pensar que ela tinha fugido com outro. Para mim foi um choque, pois éramos casados há 13 anos e éramos muito unidos. Trabalhava a semana inteira, de madrugada, e reservava o domingo para passear com ela e nossas filhas?, desabafou.
