A polícia procura o fabricante dos brinquedos infláveis que causaram a morte de duas crianças, durante uma festa na Cidade Industrial, no último domingo. O delegado Carlos Alberto Castanheiro, titular do 3.º Distrito Policial (Mercês), que preside o inquérito, quer verificar o manual de instalação e operação dos equipamentos. ?Também queremos ouvir outras testemunhas. Por enquanto, as informações estão desencontradas?, disse o delegado.
Castanheiro procura uma assistente social, que estava no evento, cuidando de cinco crianças. ?É uma testemunha importante. Também procuramos pessoas que filmaram ou fotografaram o evento?, completou. Ontem, o sócio-gerente da empresa Casquinha Eventos foi ouvido novamente na delegacia, e confirmou, com documentos, que a empresa opera legalmente.
Ele também aguarda o laudo da perícia e de necropsia que deve ser entregue até o dia 26. ?O laudo também deve dizer a possibilidade de ter passado um tufão pelo local?, informou. Ontem, peritos do Instituto de Criminalística voltaram ao local do acidente para fazer medições.
Tragédia
O acidente aconteceu durante a festa de confraternização entre funcionários da empresa Siemens e moradores das proximidades. Luís Eduardo Weiber da Silva, 5 anos, e Amanda Oliveira Vieira, 8, morreram e 35 pessoas ficaram feridas, após dois brinquedos infláveis decolarem do chão. Nove vítimas foram hospitalizadas e apenas Maria Mogolin, 83 anos, permanece internada. O castelinho pula-pula atingiu uma altura de cerca de 10 metros, segundo testemunhas.