Policiais civis do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) estiveram em São Paulo cumprindo mandados de busca e apreensão para localizar as obras raras furtadas da Biblioteca Pública do Paraná, em 2 de outubro do ano passado. A delegada Vanessa Alice, responsável pelo caso, informou que nenhuma das 120 obras, avaliadas em mais de R$ 500 mil, foi localizada. ?Porém, as investigações reforçaram nossa tese em torno de uma pessoa?, disse.
Segundo a delegada, há meses o suspeito já está identificado. ?O problema é que ele usa diversos nomes.? Vanessa adiantou que surgiram outras linhas de investigações. ?Não descartamos nada. A nossa prioridade é localizar as obras?, salientou. Ela avisou que as investigações estão adiantadas.
Furto
Entre as obras raras roubadas estão livros, coleção, revistas, artigos e periódicos. O que chamou a atenção da polícia foi que furtos semelhantes tinham ocorrido em São Paulo e no Rio de Janeiro, pouco tempo antes.
Apesar de serem raridades, nenhuma das obras continha equipamentos antifurto, o que é previsto nas normas de preservação. Entre o acervo furtado está o livro Recordações do Escrivão Isaías Caminha, de Lima Barreto, escrito em 1909, avaliado em cerca de R$ 2,7 mil, além de mapas da coleção de Anville, datados de 1749 e 1794, que custam entre 1,7 e 2 mil euros.