Polícia preocupada com marginais “importados”

A ação criminosa no Paraná praticada por marginais vindos de outros estados tem preocupado as autoridades de segurança. Os crimes normalmente são os mais organizados, como assalto a bancos, carro-forte ou seqüestros. A dificuldade de localização desses criminosos tem sido um atrativo para esse tipo de violência.

Segundo o delegado da Furtos e Roubos, Rubens Recalcatti, já foram identificados marginais vindos de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul: “Eles vêm desses estados pela proximidade com o Paraná, praticam os crimes e desaparecem”. A maioria dos assaltos a banco e seqüestros relâmpago é cometida por esses bandidos “importados”. Recalcatti comentou que durante um assalto a uma fábrica de carimbos em Curitiba, onde um vigilante foi morto, o criminoso era de São Paulo: “O que mais preocupa também é que os marginais estão matando à toa”.

A mesma constatação foi feita pelo delegado da Estelionato e Desvio de Cargas, Roberto Heusi de Almeida Júnior: “Os crimes onde são usados meios como telefone ou internet facilitam porque não existe uma delimitação física”. Ele afirmou que no ano passado diversos boletins de ocorrência foram registrados na delegacia, de vendas de anúncios falsos em lista telefônica, que foram praticados por uma pessoa de São Paulo. Outro crime comum que envolve pessoas de outros estados é o de roubo de cargas. Heise falou que em uma das quadrilhas desmanteladas estavam quatro marginais de Santa Catarina.

Estrutura

Entre as principais dificuldades da polícia – e fator que atrai a ação dos marginais – é a localização. O delegado Heusi disse que existe uma vontade da polícia em deter esses marginais, mas eles esbarram nos problemas de informação e comunicação. “É muito crime para pouca polícia”, comentou. Além disso, para a atuação em outros estados necessitam da colaboração de policiais das regiões envolvidas, o que nem sempre acontece.

Já o delegado Rubens Recalcatti defende a necessidade de uma organização entre as secretarias de segurança dos estados, além é claro, de mais estrutura para os policiais: “Nós temos dificuldades até para atender as ocorrências mais corriqueiras”.

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