Polícia prende vigilantes acusados de matar estudante

Policiais civis de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, com auxílio do serviço reservado da Polícia Militar, prenderam três vigilantes da empresa de segurança privada Centronic, suspeitos de matar o estudante Bruno Strobel Coelho Santos, 18 anos, filho do jornalista Vinicius Coelho. As prisões aconteceram em Curitiba e em Almirante Tamandaré, na noite de terça-feira (16). Os três teriam flagrado o estudante pichando um muro. A polícia informou que mais três vigilantes estão envolvidos e foram indiciados por tortura.

?Eles teriam levado o rapaz, à força, até a sede da empresa no Alto da XV, em Curitiba. Lá, o teriam torturado e, em seguida, levado para Almirante Tamandaré, onde Bruno foi assassinado com um tiro na nuca?, contou o delegado-titular de Almirante Tamandaré, Jairo Estorílio. Segundo a polícia, os vigilantes resolveram assassinar o rapaz, depois de o estudante dizer que iria denunciá-los. ?Ele era um jovem esclarecido. Bateram nele. Ele iria denunciá-los. Por isso resolveram matá-lo?, disse o delegado.

Os vigilantes Marlon Balem Janke, 30 anos, preso na empresa de segurança, Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, 26, preso enquanto trabalhava no Centro de Almirante Tamandaré, e Eliandro Luiz Marconcini, 25, preso no bairro Sítio Cercado, confessaram ter matado o estudante. Segundo o delegado, Marlon provavelmente seja o autor do disparo. Os outros três indiciados por tortura são o supervisor dos operadores de monitor da Centronic, Ricardo Cordeiro Reysel, 32, e os operadores Leônidas Leonel de Souza, 28, e Emerson Carlos Roika, 34. ?Prendemos Emerson por porte ilegal de uma pistola 380 lixada. Será pedida prisão dos três, por tortura?, explicou o delegado. Segundo a polícia, testemunhas informaram que os três teriam batido no estudante na empresa.

Armas

?Marlon, Eliandro e Douglas confessaram que mataram o estudante, mas ainda não falaram quem atirou. Há indícios que seja o Marlon?, contou Estorílio. A polícia apreendeu o veículo da empresa, em que os vigilantes trabalhavam e que foi usado para levar o jovem até Almirante Tamandaré. Também foram recolhidos uma pistola 380, apontada por Marlon com a usada no crime, e três revólveres calibre 38, da empresa. ?Uma das armas pode ser a usada no crime. Vamos encaminhá-las para o Instituto de Criminalística. Apreendemos outra pistola com o Emerson, que está no 1.º DP, onde ele está detido?, disse o delegado.

Desde o desaparecimento do estudante, a polícia trabalhava no caso. O corpo do jovem foi encontrado na segunda-feira da semana passada (08), depois de quase uma semana que o rapaz estava desaparecido.

?Trabalhamos com muito rigor. Tínhamos várias hipóteses, mas nos fixamos na região do Alto da Glória e Alto da XV. Descobrimos que foi dado alarme na região bem na hora que provavelmente o Bruno estaria na região?, disse o delegado. Segundo Estorílio, o rapaz teria pichado o muro de uma clínica, próxima ao estádio Couto Pereira.

A polícia foi até a empresa, que auxiliou nas investigações. ?Além da empresa, várias testemunhas auxiliaram no trabalho. Estes homens ainda são suspeitos de cometerem outros crimes. Eles podem ter feito a mesma coisa com outras pessoas?, disse o delegado. Os três foram autuados por homicídio.

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