Integrante da chamada “Quadrilha do Japa”, Carlos André Mota, 32 anos, conhecido como “Dedé”, que conseguiu escapar da polícia no mês passado, foi preso durante ação conjunta entre o Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) e a Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc). Além dele, foram detidos Cristiano Brandes, 32, José Marcelo de Oliveira, 25, e Nilton César Ferreira Pedroso, todos pertencentes ao bando. As buscas agora se concentram no líder João Romão Neto, o “Japa”, 41, que continua foragido.

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O grupo está envolvido no tráfico de drogas, assalto e sequestros, como o de um gerente do Banco do Brasil, no dia 5 de outubro. No ano passado, o bando roubou quase R$ 500 mil do HSBC de Pinhais.

No final de novembro, policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) encontraram um arsenal, incluindo dois fuzis e três espingardas, na casa de “Dedé”, num condomínio no Pilarzinho. Ele conseguiu escapar por uma janela, mas acabou sendo preso pelo Tigre no último final de semana, em Guaíra.

A prisão mais problemática, no entanto, conforme a polícia, foi a de José Marcelo, feita pela Denarc no domingo (11), no Abranches. Ele reagiu à voz de prisão e, no revide, foi ferido com três tiros. Com ele foi apreendida uma pistola calibre .40, com a numeração raspada, e um revólver calibre 38. José também é suspeito de vários homicídios.

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Comparsas

Nilton foi preso por policiais do Tigre, em Ponta Grossa, portando um revólver calibre 38, além de munições, maconha, cocaína e crack. Ele ainda é suspeito de envolvimento em outro roubo, em Telêmaco Borba.

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Cristiano foi detido em 21 de outubro pela PM, suspeito de tentativa de homicídio no Campo Comprido, motivada pela disputa por ponto de droga. Na casa dele, foram encontrados R$ 135 mil.

Crime

Assim como no assalto ao HSBC, a quadrilha novamente usou a família do gerente da agência do Banco do Brasil, em Tibagi, como barganha para ter acesso ao cofre. Após passar toda a noite com os reféns, os suspeitos conseguiram que o cofre fosse aberto e fugiram com uma grande quantia.

Segundo a polícia, o bando fazia o levantamento da rotina das vítimas: alguns se passavam por vendedores ambulantes, ficando dias na frente da agência bancária para colher informações sobre os funcionários.

Perigosa

A quadrilha já havia sido desmantelada em 2006, quando oito integrantes faziam parte dela. “Japa”; Marcio Borghi Ribeiro, o “Zona Sul” ou “Birruga”, Kleber Moreira Carreira, o “Klebinho”, Diego Aparecido Gomes, o “Café”, Reginaldo Honório de Oliveira, o “Nenê”, e Anderson Rogério Gonçalves dos Santos, o “Negão”, foram presos em 2006. “Dedé” foi preso em 2010 pelo assalto ao HSBC e desde então está foragido. Diego, Reginaldo, Anderson e André Pereira Gomes foram mortos na sequência, reduzindo a quadrilha à metade. Desde então, outros marginais foram incorporados ao bando.

O delegado-chefe do Grupo Tigre, Renato Bastos Figueiroa, informou que as investigações continuam na tentativa de prender o restante do grupo.

Todos os suspeitos irão responder pelos crimes de extorsão mediante sequestro e roubo. Quem souber do paradeiro de “Japa”, pode ligar para a polícia no telefone (41) 3343-7675.