Dois homens, apontados pela polícia como líderes de um grupo de skinheads, foram presos, na manhã desta quarta-feira (05), por uma equipe do 1.º Distrito Policial (Centro) e da Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC).
Maurício Caetano da Silva, conhecido como ?Véio?, de 33 anos, e Jackson dos Santos Arruda, de 19 anos, são suspeitos de tentar matar um homem que integra um grupo punk no último dia 3, em Curitiba, e de estarem envolvidos em uma briga, em que duas mulheres foram agredidas com golpes de faca em dezembro de 2007.
Silva foi preso em casa, no bairro Santa Felicidade e Arruda foi detido no quartel da Força Aérea Brasileira, no bairro Bacacheri. Ele prestava serviço militar obrigatório .
De acordo com o superintendente do 1.º Distrito Policial, Adolfo Rosevics, Silva seria o principal líder desse grupo de skinheads. ?Ele tem marcas por todo o corpo, com inscrições nazistas, como por exemplo o número 88, que representa a oitava letra do alfabeto e significa uma saudação nazista?, comentou o superintendente.
Segundo Rosevics, os dois suspeitos teriam aplicado diversos golpes de faca na vítima, que conseguiu escapar com vida. ?A vítima pertencia a um grupo de punks. Na data do crime, o grupo de punks e de skinheads brigaram próximo ao Círculo Militar, no Centro de Curitiba. Um dos papéis dos líderes deste grupo seria instigar os outros integrantes a matar as vítimas?, disse Rosevics.
?A polícia fez um trabalho intenso de investigação e conseguiu identificar os autores da tentativa do homicídio e, após a vítima reconhecê-los, solicitamos a prisão de Silva e Arruda junto à Justiça. Assim que o juiz determinou a prisão dos acusados, fomos até eles e conseguimos prendê-los com êxito?, afirmou.
De acordo com Rosevics, Arruda se apresentou na terça-feira (04) na Força Aérea Brasileira. ?Ele ficaria lá durante quarenta dias. Fizemos os trâmites legais, apresentamos o mandado de prisão contra Arruda e ele está preso junto com Silva?, contou.
O superintendente informou que os dois acusados não possuem passagens pela polícia. Eles serão indiciados por tentativa de homicídio e formação de quadrilha e seguem detidos na DVC à disposição da Justiça.
?Essas prisões são uma resposta efetiva da polícia, que continuará preservando a sociedade, dando liberdade aos cidadãos, que não podem sofrer com qualquer tipo de preconceito?, completou Rosevics.