Uma quadrilha de assaltantes foi presa, no fim de semana, acusada de ter roubado R$ 100 mil em medicamentos e cosméticos, de uma grande rede de farmácias de Curitiba. Ilson Bueno de Souza, 29 anos; Max Eduardo Correa de Oliveira Wohl, 28 (ex-funcionário da farmácia e mentor do assalto); João Amir de Almeida, 48; e Marlon Júnior Segalla, 33, foram reconhecidos como autores do roubo.
O farmacêutico Cláudio Estevam Santos, 47, proprietário da Farmácia Santos, em Fazenda Rio Grande, foi pego em flagrante por receptação da carga roubada.
O assalto ocorreu no último dia 4, contra a farmácia Nissei, no Batel. No momento em que a loja era fechada, três indivíduos – Ilson, Max e João -chegaram armados e renderam o subgerente e alguns funcionários. Em seguida, Marlon encostou um caminhão nos fundos da farmácia, onde há o estoque, e o bando carregou os medicamentos para dentro do veículo. De acordo com o delegado Marcus Michelotto, titular da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, os bandidos levaram somente medicamentos caros ou de uso controlado, mas com fácil venda. A carga foi avaliada em cerca de R$ 100 mil.
As prisões, que começaram na sexta-feira, foram possíveis porque uma das vítimas reconheceu Max como sendo ex-funcionário da empresa. O detido trabalhou na Nissei da Avenida Iguaçu por três anos, e há 10 meses foi demitido. Com o conhecimento que tinha de horários e funcionamento do estabelecimento, Max admitiu que foi ele quem passou as informações a seus comparsas e planejou o crime. Ele foi preso, logo após embarcar em um ônibus na rodoviária de Praia de Leste, em direção a Curitiba. João foi detido na casa dele, no Bairro Alto, e os outros dois acusados também presos em suas residências, no mesmo bairro.
Receptação
Cláudio foi pego com as caixas de medicamentos dentro do estoque de sua farmácia. Ele afirmou que conhece Max, e alegou que não tinha comprado os produtos. A prova da receptação foi que algumas caixas ainda estavam com o selo da farmácia Nissei. Outros remédios já estavam com o selo raspado, e provavelmente seria colocada outra etiqueta para esconder a alteração.