Polícia prende irmãos assassinos

Policiais da delegacia de Pinhais prenderam ontem Israel Rodrigues de Lara de Oliveira, de 19 anos. Ele é acusado de executar duas pessoas na saída de um bailão, junto com seu irmão Roberson Rodrigues de Lara, 22 anos, que foi preso no dia 12 de janeiro deste ano, pelos mesmos policiais. Roberson e Israel teriam assassinado duas pessoas e ferido outras três, às 5h30 da madrugada de 22 de novembro do ano passado.

O delegado Gerson Machado informou que os irmãos são conhecidos da polícia de Pinhais. Eles vinham sendo investigados por roubo, tráfico de drogas e homicídios. “Por esse motivo, logo que apuramos a autoria do crime no bailão já solicitamos a prisão deles”, salientou. Machado disse que quando Roberson foi preso entregou Israel, mas agora mudou o discurso e alega que praticou o crime sozinho.

Bailão

Na época, a polícia descobriu que o motivo das mortes foi uma desavença dentro de um bailão, em Pinhais. O pintor José Ricardo Vicente, de 25 anos, que não tinha nada a ver com a confusão, levou um tiro na cabeça e morreu no local. André Aparecido da Silva, 20, foi ferido com um tiro na barriga e morreu no hospital. Claudemir da Silva, 19, e Denival da Luz, 21, foram baleados nos braços e conduzidos ao mesmo hospital, junto com uma garota, também ferida.

De acordo com as investigações, após a discussão no bailão, as vítimas, que moram em Pinhais, foram embora de táxi. O taxista fez a corrida e retornou para o ponto. Assim que chegou, os criminosos o obrigaram a levá-los até o local onde havia deixado os passageiros anteriores. O pintor José Ricardo havia acabado de levantar e estava indo trabalhar. Ele foi morto porque parou para conversar com alguns amigos, enquanto aguardava sua carona para o serviço, e ficou na “linha de tiro”.

Versão

Roberson confessou o crime, mas deu outra versão. Ele disse que já tem passagens por roubo e que naquela noite foi assaltado pelas vítimas, e que “o feitiço virou contra o feiticeiro”. “Eles depenaram meu carro. Fui atrás deles para recuperar os objetos e atiraram em mim. Revidei e acertei”, justificou.

A história de Roberson é bem diferente da que foi relatada pelas testemunhas e apurada pela polícia. “Ele contou uma história que não condiz com a realidade”, afirmou o delegado. Machado disse que as investigações continuam, para apurar outros crimes cometidos pelos irmãos.

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