Um pedreiro, de 39 anos, suspeito de tentar abusar sexualmente de duas crianças, de 1 e de 7 anos, na presença dos pais delas foi detido na noite de quinta-feira (24). De acordo com a delegada Sabrina Alexandrino, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), o pai das meninas e o estuprador jogaram bola juntos em uma cancha de futebol no centro de Curitiba. O crime teria ocorrido na volta para casa, quando o casal dava carona para o suspeito.
“Por volta das 19h, a esposa chegou com as duas filhas para buscar o pai e ficaram todos para um churrasco depois do jogo”. Na hora de ir embora, o suspeito pediu carona para a família para o Boqueirão. A mulher dirigia o veículo, o marido dela estava no banco do passageiro e o suspeito foi atrás, com as duas crianças. “Pelo retrovisor do carro, os dois viram que Ivan estava estranho. No meio do caminho, nas proximidades da Rua das Carmelitas, o pai das meninas reparou que Ivan tentou beijar as duas meninas na boca”, disse a delegada.
Beijo
Segundo a polícia, o homem conseguiu beijar a menina de 1 ano. “O detido passou a mão nas partes íntimas das duas”, afirmou a delegada. Os pais imediatamente pararam o carro e chamaram a polícia. “Enquanto esperavam a PM, aconteceu grande confusão. Os moradores da região ficaram sabendo do ocorrido e partiram para cima do estuprador, tentando matá-lo”. Ele foi agredido violentamente até a chegada dos policiais, que impediram que fosse linchado.
O homem foi conduzido ao Nucria, onde foi autuado em flagrante. “Ele vai responder duas vezes pelo crime de estupro de vulnerável”, explicou a delegada Sabrina Alexandrino.
Surpresa
Conhecidos do suspeito contaram que, por volta de 1h de ontem, o pai das crianças chamou a esposa do detido, na porta de casa, e lhe entregou o boné e a carteira do marido, falando alto que tinha batido no homem porque ele tinha mexido com as filhas dele.
Eles relataram ao Paraná Online que os familiares do pedreiro foram pegos de surpresa, pois todos o conhecem como pessoa tranquilo e trabalhadora. A versão dos conhecidos é que deve ter ocorrido mal-entendido, pois o pedreiro e o pai das crianças iam, uma vez por semana, jogar futebol e voltavam juntos de carro e até frequentavam a casa um do outro.
Ele também já trabalhou na casa da família há pouco tempo, consertando uma porta. Eles disseram que o homem apenas gostava de beber cerveja. A mãe do pedreiro foi à Defensoria Pública para conseguir advogado de defesa para o filho. Ninguém da família conseguiu ver o detido.
