A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) prendeu os suspeitos de matar o taxista Alex Palaninski, 33 anos, na madrugada de quinta-feira, na Cidade Industrial. O trabalhador foi assassinado no dia do aniversário de um de seus filhos, que fez 14 anos.
Maicon Ramos da Silva e Elton Paulino Baltazar, ambos de 19 anos, foram presos em flagrante, cerca de 12 horas após o crime. Com eles foram apreendidos um telefone celular e a arma do crime, um revólver calibre 38.
De acordo com o delegado Luiz Carlos de Oliveira, uma das pistas investigadas foi a ligação feita pela dupla para a central de táxi, em que pedia uma corrida. Conforme apurado pela polícia, Maicon, há algum tempo, tinha batido o carro do tio e ficou com a dívida do conserto. Para conseguir dinheiro decidiu assaltar, mas, para isso, convidou o amigo Elton.
Cochilo
Armados com um revólver, os dois foram até o centro e tentaram chamar a vítima, ligando para uma empresa de radiotáxi. Como o atendimento estava demorado, a dupla caminhou até o ponto onde estava o táxi de Alex.
Ontem, no enterro de Alex, os colegas contaram que a dupla foi recusada por duas vezes por outros motoristas, estacionados próximo a um mercado do Água Verde. Depois, andaram cinco quadras e encontraram Alex. Os taxistas acreditam que ele estava estacionado e tirando um cochilo, quando foi abordado.
O delegado relatou que os assaltantes pediram ao taxista que os levasse até a Vila Verde, na CIC. Quando chegaram, deram voz de assalto ao motorista, que teria reagido e foi baleado por Maicon. “Em seguida, os dois fugiram e jogaram a carteira da vítima em um matagal.”
A prisão aconteceu no final da tarde de quinta-feira, na vila onde os suspeitos moram. “Investigamos se eles praticaram outros crimes e para descobrir a procedência da arma”, disse Luiz Carlos. Os dois foram autuados em flagrante por roubo seguido de morte e foram removidos ao Centro de Triagem II.
Sugestões para a segurança
Fábio Schatzmann
Taxistas realizaram ontem, no meio da tarde, uma passeata por mais segurança nas ruas da capital, logo após o enterro de Alex, no Cemitério do Abranches. Foi feito grande “buzinaço” no Centro Cívico, até estacionarem em frente ao Centro Administrativo Luiz Caron, atual sede do governo. A Rua Jacy Loureiro de Campos foi interditada por cerca de uma hora.
Os manifestantes afirmaram que, somente este ano, quatro profissionais foram mortos por marginais, em situações idênticas à de Alex. “Todos precisam saber que precisamos de mais policiamento, e não somente os taxistas”, reclamou um dos organizadores da passeata, Roberto Carbonel, taxista há 20 anos. Ele sugeriu ampliar a utilização das câmaras de segurança, instaladas no centro, também para os pontos de táxis.
Para Willian Luvizzoto, que há nove anos trabalha como taxista, outra alternativa é policiais abordarem os táxis nos pontos mais distantes do centro ou nas cidades da região metropolitana, para revistar passageiros. Os manifestantes acreditam que a medida, com o tempo, inibiria a ação dos bandidos.
Anderson Tozato |
---|
![]() |
Manifestantes pediram mais policiamento e câmeras. |
