Mesmo com as diversas notícias divulgadas pela imprensa, mostrando que fabricar, vender e soltar balões é crime, a Força Verde – Polícia Ambiental -encontrou, ontem, um barracão ?recheado? deles. A apreensão lotou o baú de um caminhão. Apesar de alegar que era seu sobrinho, Allan Michel Kreusch Gaspar, 22 anos, o responsável por todo o material, foi Edilson Luiz Kreusch, 43 anos, quem acabou autuado em flagrante pelo crime. Através do advogado da família, Allan garantiu à polícia que irá se apresentar.
O tenente Nunes, da Força Verde, explicou que tudo começou a partir de denúncias de que um grupo de baloeiros atuava naquela região. Durante cerca de dois meses, as informações foram investigadas e a Justiça emitiu mandado de busca e apreensão. O mandado foi cumprido às 17h30 de ontem numa residência da Rua Bom Jesus do Iguape, no Boqueirão.
Atrás da casa estava o barracão, com todo o tipo de material relacionado à fabricação de balões: papel de seda, tintas, fogueteiras, pólvora, armações de ferro e velas. Um balão chamou a atenção dos policiais por seu tamanho, 30 metros de altura. Além de apreender dois álbuns de fotos, confirmando o crime, o tenente afirma que os policiais chegaram a presenciar a soltura de algumas peças, durante as investigações.
De acordo com Edilson, por diversas vezes ele e outras pessoas da família aconselharam o sobrinho a parar de fabricar e soltar os balões. O tenente Nunes explicou que a Lei de Crimes Ambientais determina prisão a quem constrói, vende e guarda balões. ?O material foi encontrado na casa dele (Edilson). Qualquer morador da casa poderia ser responsabilizado?, disse o policial.
Material e detido foram levados à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. Além de pagamento de multa, Edilson e seu sobrinho podem pegar entre um e três anos de prisão. Segundo o tenente, a multa pode variar de R$ 1 mil a R$ 10 mil, conforme o potencial destrutivo de cada peça.
