Ao investigar a morte de Viviane Train, 25 anos, baleada juntamente com a mãe Laci Aparecida Train, 42, na noite de sábado, policiais da Delegacia de Homicídios praticamente elucidaram outro homicídio, ocorrido em março deste ano.
Os suspeitos do crime, João Paulo Jetka, 30, e Patrícia Aparecida da Silva, 27, estavam escondidos na casa de Claudemir de Oliveira Barros, 37, o “Claudinho 157”, que é apontado como autor do assassinato de Rodrigo da Silva, 24. Ele foi morto em março, na casa de Claudemir.
Átila Alberti |
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Claudemir negou homicídio. |
Segundo o delegado Rafael Vianna, da DH, Claudemir foi localizado, na tarde de segunda-feira, numa residência na invasão Portelinha, no Jardim Arvoredo, em Araucária. João Paulo, que, segundo a polícia é traficante; a mulher dele Patrícia, e a amásia de Claudemir, Leonice Teodoro da Silva, 54, a “Nenê”, conseguiram fugir.
Dívida
O delegado explicou que mãe e filha foram baleadas por conta da dívida de R$ 25 mil, que Patrícia tinha com Laci. “Como as duas cobravam o dinheiro, Patrícia e João Paulo ligaram para Laci, alegando que queriam pagar a dívida e atraíram-na até o local onde o crime foi cometido”, contou o delegado.
Mãe e filha foram baleadas na Rua Arnaldo Gussi, no Xaxim. Viviane morreu no hospital e a mãe dela continua internada em estado grave no Hospital Evangélico. Durante as investigações, João e Patrícia foram apontados como suspeitos.
A polícia foi até a residência do casal e constatou o apelido “Claudinho 157” pichado na parede. Logo, os policiais resolveram o quebra-cabeça e descobriram que Claudemir e João Paulo eram vizinhos.
“Depois de matar Rodrigo, Claudemir deixou a casa na Cidade Industrial e fugiu para Araucária. Posteriormente, descobrimos que ele deu cobertura ao casal”, afirmou o delegado. Rodrigo foi assassinado durante uma festa na casa de Claudemir, na Rua Edenilza de Jesus Santiago, e teve o corpo arrastado até a rua.
Na tarde de segunda-feira, com apoio de policiais da delegacia de Araucária, investigadores da DH encontraram Claudemir, que é condenado por roubo e tinha mandado de prisão por roubo de veículo. Ele negou ter matado Rodrigo e conhecer o casal.
“Eles estavam procurando outra pessoa”, disse Claudemir, que leva na perna a tatuagem: “Só os fortes sobrevivem. É do inferno que se vê o paraíso”. Quem tiver informação que possa levar aos foragidos pode ligar para o telefone 3360-1400.