Dez pessoas foram ouvidas pela polícia e oito delas ficaram presas, suspeitas de matar os agentes penitenciários Valdecir Gonçalves da Silva e Wilmar Antônio Prestes da Silva, há cerca de duas semanas em Curitiba. Entre os detidos também existem suspeitos de uma tentativa de homicídio contra o agente Jair Dias, em 25 de fevereiro, que sobreviveu.
De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), algumas destas pessoas moram perto da casa dos agentes mortos, nos bairros Cidade Industrial e Boa Vista, e outras são ex-presidiários. As capturas aconteceram em diversas cidades do estado.Todos os envolvidos estão com prisão temporária decretada e devem permanecer detidos por pelo menos 30 dias, prazo que a polícia tem para coletar mais provas contra estas pessoas e apurar mais detalhes.
De acordo com a nota emitida pela Sesp, ontem à noite, a motivação dos assassinatos e da tentativa de homicídio ainda está sendo investigada. Questionada sobre a ação de facções criminosas nos atentados, a Sesp alegou por meio de sua assessoria que mais detalhes não serão revelados para não atrapalhar o trabalho policial que visa elucidar os crimes.
Segundo o delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios, que está à frente da apuração dos casos, com auxílio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), estes dez suspeitos foram ouvidos na delegacia durante os últimos dias. “Estamos trabalhando na individualização da culpa. Queremos saber o nível exato de participação que cada uma destas dez pessoas teve nos três casos investigados”, disse ao Paraná Online.
O delegado também comentou o caso da suposta tentativa de assalto que terminou com a agente Neusa Bednarzuc baleada. Segundo Recalcatti, ela foi chamada para depor na delegacia, mas não compareceu.
