Foto: Átila Alberti

Sirino: ?Indicativos?.

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Apesar de nove pessoas – entre elas o ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Rolim Moura, 60 anos – estarem atrás das grandes sob a acusação de desvio de dinheiro, a polícia acredita que o ?esquema? continua. ?A nova administração vinha fazendo da mesma forma?, disse o delegado Sérgio Sirino, chefe do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), durante entrevista coletiva à imprensa na tarde de ontem. ?Seria preciso interditar a Federação Paranaense de Futebol, mas em um novo inquérito?, adiantou.

Sirino também informou que apesar de o prazo para conclusão do inquérito policial – que é de dez dias para réus presos, ter se esgotado, foi pedido prorrogação por mais dez dias devido a complexidade do caso. Ontem, ele e o delegado Robson Cezar da Silva Barreto, que preside o inquérito, informaram que pediram à Justiça a decretação da prisão preventiva de Moura, do diretor financeiro da entidade, Cirus Itiberê da Cunha, 57, Carlos Roberto de Oliveira, 62, Marco Aurélio Rodrigues, 37, Laércio Polanski, 47, José Johelson Pissala, 59, César Alberto Teixeira de Oliveira, 43, Vanderlei Manoel Ignácio, 45, e Roberto Tiboni, 54.

Todos tiveram suas prisões temporárias prorrogadas por mais cinco dias e o prazo vence hoje. Caso a Justiça não aceite o pedido dos delegados, todos serão colocados em liberdade.

Sirino explicou que a federação é uma organização privada e só foi investigada porque havia indícios de que estavam sendo praticados crimes contra a previdência e Justiça do Trabalho. ?Hoje temos indicativos que ocorreram outros crimes dentro da federação. As provas colhidas foram robustas e há muitos documentos. A conclusão foi positiva para nós?, contou.

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Entre os documentos colhidos, a maioria é de recibos. Também há muitos borderôs adulterados. ?Eles faziam espelhos. O verdadeiro e o falso. Assim também ocorria com os contratos, como o do Feirão?, contou o delegado Robson. Ele disse que entre os recibos chamados ?vales? têm valores destinados à família de Moura, pensão alimentícia para sua ex-mulher e para funcionários. ?Também apuramos que há desvio de função. Pessoas não habilitadas exercendo cargos incompatíveis?.

Ele disse também que há grande possibilidade de serem abertas outras investigações contra Onaireves e a federação.

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