A instalação de caixas eletrônicos fora de agências bancárias não agrada muito a polícia. “As quadrilhas preferem esses locais, como mercados e postos, porque eles têm menos segurança que as agências. Os bancos deveriam aumentar os dispositivos para reduzir riscos, já que têm lucros altos”, afirma o delegado Rodrigo Brown, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).

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O delegado Luiz Carlos de Oliveira, da Divisão de Crimes contra o Patrimônio, avalia que os bancos não se importam com o perigo a que estão expostos usuários dos caixas e do local em que os equipamentos estão instalados. “Para as instituições, o que importa é a movimentação financeira, principalmente quando os caixas estão em locais de grande circulação. Isso dificulta para que a polícia tome ações preventivas”.

Luiz Carlos defende que os bancos deveriam investir mais em segurança, principalmente nos caixas fora das agências, incluindo vigilantes 24 horas, e repensar os locais de instalação dos equipamentos. “Essa última explosão foi dentro de um posto. Já pensou se atinge o tanque de combustíveis?”.

Bancos

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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que, anualmente, os bancos investem R$ 9,4 bilhões em sistemas de segurança física e eletrônica. “Em todo o Brasil, o número de assaltos a banco vem caindo consistentemente ao longo dos anos. De 2000 para 2010, houve uma queda de 82%, de 1.903 ocorrências para 337”, diz nota da Febraban, encaminhada ao Paraná Online ontem.

A nota ainda diz que “o setor investiu em equipamentos robustos, com elevado grau de resistência”, mas que os bandidos tem usado “força desproporcional, com armamentos pesados.” A Febraban contabiliza 150 mil caixas eletrônicos no Brasil.

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