Violência

Polícia nega crime de preconceito no Largo da Ordem

A Delegacia de Homicídios descartou a hipótese de ataque de skinheads para a morte do adolescente Luiz Gustavo Pavoni Vanelli, 16 anos, ocorrida na madrugada de domingo, no Largo da Ordem. “Os amigos de Luiz mexeram com uma menina, que estava no outro grupo, porque viram na internet um vídeo em que ela estava seminua”, afirmou o delegado Rubens Recalcatti.

Depois de ouvir várias testemunhas, Recalcatti apurou que a vítima estava sentada com aproximadamente dez rapazes, quando passou outro grupo, com quase 15 pessoas. Irritados com a provocação, os amigos da garota ameaçaram Luiz e os outros rapazes, começando a pancadaria.

De acordo com o delegado, Maurício Cunha Morais, 21, teria dado socos e imobilizado Luiz com uma “gravata”. Quando ele largou o adolescente, Maick Leonardo Santos Yarchaxi, 19, desferiu uma facada no pescoço do garoto. Luiz foi amparado por amigos e tentou correr, mas foi novamente agredido a socos e chutes e morreu. Maurício e Maick, que é estudante de Direito, negam participação no crime e estão detidos. A faca, que seria uma espada samurai em miniatura, ainda não foi achada.

Skinheads

Em depoimento, várias testemunhas relataram a presença de skinheads, mas não descreviam os agressores com as características neonazistas. Em alguns interrogatórios, foi citado que Maick matou Luiz como ritual de iniciação ao grupo skinhead. “Não parece ser um crime relacionado a preconceito. Vítima e autores podem até ser conhecidos”, analisou Recalcatti.

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