Segundo o diretor-geral da Polícia Científica, Leon Grupenmacher, que assumiu o cargo em abril deste ano, os laudos de necropsia não levam mais que 30 dias. Ele garante ainda que os exames de local de morte ficam disponíveis em dez dias. “Não há nenhum laudo atrasado no IML”, afirma. Quanto aos inquéritos que seguem sem esses dois exames, Grupenmacher afirma que foram feitos e provavelmente não chegaram ao inquérito por falha de comunicação.
Ele afirma ainda que a Polícia Científica tem condições de fazer diversos tipos de exames de provas técnicas – basta a Polícia Civil requisitá-los. Para o delegado Rubens Recalcatti, que comandou a Delegacia de Homicídios de Curitiba nos últimos dois anos, a explicação para o baixo índice de provas técnicas é simples: nem todos os crimes deixam pistas. Para ele, o ideal seria os peritos trabalharem na própria delegacia.
Com relação ao número de peritos, o diretor-geral afirma que o ideal, seguindo padrões americanos, seria a contratação de pelo menos 260 peritos para atender a demanda – hoje há 118 profissionais para Curitiba e região.
Concurso
Segundo o secretário de estado da Segurança Pública, Cid Vasques, a abertura de concurso público para contratação de novos profissionais já foi determinada e o processo tramita na Secretaria de Planejamento para a escolha da instituição responsável pelo processo seletivo.
O secretário afirma ainda, por e-mail, que com novos procedimentos operacionais, os laudos estão sendo encaminhados mais rapidamente. Grupenmacher acrescenta que até o fim do ano será implantando um sistema para integrar as polícias e o Judiciário, e laudos estarão disponíveis para acesso neste sistema. “O delegado que está investigando vai poder consultar o laudo e agilizar todo o processo”, anuncia.