Cerca de 100 policiais militares cumpriram, ontem, uma ordem de reintegração de posse da Fazenda Santa Rita, no município de Porto Barreiro, próximo a Laranjeiras do Sul, região sudoeste do Estado. A área estava ocupava por, aproximadamente, 90 pessoas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que saíram pacificamente com a chegada PM.

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A fazenda havia sido desocupada a duas semanas, mas os sem terra voltaram ao local. Como o mandado para desocupação ainda vigorava, a polícia precisou agir novamente. A PM apreendeu facões, foices e uma arma de fogo. Segundo a polícia, as famílias foram encaminhadas para assentamentos próximos ou para casas de familiares que moram para região.

A Fazenda Santa Rita tinha sido ocupada pela primeira vez em fevereiro de 2006. Com 400 hectares, o local tem áreas destinadas ao plantio, mas na época da invasão contava com cerca de 150 cabeças de gado e 60 ovinos.

Ponta Grossa

Integrantes do MST, o ouvidor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, realizaram, no início da noite de ontem, uma reunião para tentar chegar a um acordo para que os sem terra saíssem da entrada da sede da Embrapa na cidade. Até o fechamento desta edição, porém, o encontro ainda não havia terminado.

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O MST está acampado no local desde segunda-feira. Eles cobram o assentamento de aproximadamente 60 famílias (quase 250 pessoas) do acampamento Emiliano Zapata, que fica dentro de uma fazenda do órgão, às margens da Rodovia do Talco (PR-513).

A Embrapa comunicou que o fechamento da sede atrapalhava pesquisas importantes na região, já que os sem terra estavam impedindo a entrada dos funcionários, o que acabou sendo permitido na manhã de ontem.

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A área total da fazenda é de 3.970 hectares e os sem terra reivindicam a posse de 618 hectares. Eles ocupam a área desde março de 2003. Segundo o Incra, o processo de desapropriação de parte da área foi iniciado em 2005, mas mesmo com a anuência da Embrapa em vender a fazenda, esbarra em imbróglios jurídicos para ser concluído, faltando também o georeferenciamento, que não era exigido quando a Embrapa fez a escritura do terreno.