Nos moldes de como funciona a Corregedoria da Polícia Civil, que investiga casos de corrupção e má conduta de policiais civis em atividade, a Polícia Militar também terá um órgão exclusivo para essa atividade. O governador Roberto Requião anunciou, na manhã de ontem. Anteriormente, denúncias de má conduta dos policiais militares eram avaliadas por um conselho administrativo, que encaminhava o processo às autoridades competentes para julgamento. Com a criação da Corregedoria da PM, os policiais serão julgados pelos próprios policiais, que terão autonomia para realizar prisões.
O governador disse crer que a Corregedoria também será necessária para fiscalizar as ações da polícia comunitária. A partir da permanência fixa dos policiais em determinado bairro, o que os torna profundos conhecedores das necessidades da região, os maus policiais também podem se aproveitar da situação e proteger a criminalidade local. A Corregedoria deve intimidar os casos de má conduta.
Batalhão
O governador também encaminhará outras duas mensagens à Assembléia Legislativa. Uma delas é um projeto de lei que abre perspectiva de soldados poderem alcançar o oficialato superior, numa espécie de plano de carreira.
A segunda diz respeito à criação do 20.º Batalhão da Polícia Militar, que ocupará a área operacional do Regimento de Polícia Montada, que faz hoje o policiamento ostensivo em 18 bairros da área Leste da capital. O Regimento vai se transformar em uma unidade exclusiva da cavalaria, que poderá atuar em todo o Paraná.