Polícia já tem suspeito da execução das três mulheres

A polícia já tem o nome de um dos suspeitos de assassinar três mulheres, às 9h de segunda-feira, em Araucária. O nome ainda não foi divulgado, mas o delegado Jairo Estorílio adiantou que um dos autores é assaltante e traficante. O motivo do crime foi “queima-de-arquivo”. “Ele acreditava que elas o denunciaram à polícia”, adiantou o delegado. As vítimas foram identificadas no Instituto Médico Legal. Os corpos das irmãs Luciana de Lima, a “Lu”, 23 anos, e Jusilene Aparecida de Lima, 31, foram reconhecidos por familiares na noite de segunda-feira. Parentes da outra vítima, Jucilene Ferreira de Melo, 40 anos, foi identificado na tarde de ontem. De acordo com familiares, as três mulheres eram viciadas em drogas.

Luciana e Jusilene moravam na Rua Eride Celeste de Pool, na Vila Sabará, Cidade Industrial. O delegado Jairo informou que Luciana tinha passagem por receptação, uso e drogas e porte ilegal de arma. O amásio dela está preso na Colônia Penal Agrícola e a jovem era mãe de dois filhos. Jusilene respondia a dois processos por tráfico de drogas e se prostituia na Avenida Juscelino Kubitschek, na Cidade Industrial. Ela tem três filhos e é viúva de Reginaldo Recker, decapitado durante a rebelião comandada por um detento chamado “Geléia”, na Penitenciária Central do Estado, no ano passado. Da outra vítima, a polícia ainda não tem muitas informações. “Sabemos que ela era viciada e se prostituia. Ainda estamos apurando se tinha passagens pela polícia. A única que não era garota de programa era a Luciana”, disse o delegado.

Execução

Jairo informou ainda que a arma usada pelo autor foi um revólver calibre 38 e todas as vítimas levaram dois tiros. Luciana foi morta com um tiro na nuca e outro na perna. Jusilene e Jucilene foram alvejadas com dois tiros na boca. “O criminoso fornecia droga para elas”, comentou o delegado. Ele apurou que a última vez que as garotas foram vistas foi às 4h da madrugada de segunda-feira, quando elas deixaram uma casa na Cidade Industrial, onde costumavam trocar de roupa. O dono da casa já foi interrogado na delegacia e a polícia poderá pedir sua prisão nas próximas horas.

Um dos assassinos já está identificado e sendo caçado por policiais da delegacia de Araucária. O nome a polícia não revela, temendo atrapalhar as investigações e conseqüentemente a prisão do marginal. “Com certeza teremos novidades nas próximas horas. Os trabalhos estão se desenvolvendo rapidamente e com o apoio do Judiciário colocaremos estes criminosos atrás das grades”, ressaltou o delegado Jairo Estorílio.

Encontro

As vítimas foram encontradas em um clareira, no meio de um matagal na Fazenda Palmital, localidade do mesmo nome, em Araucária. Todas as mulheres seguravam nas mãos um isqueiro, uma delas tinha uma tampinha de Chocomilk no bolso e a outra carregava uma pedra de crack no sutiã. Moradores viram um Corsa bege ou branco encostar próximo ao matagal, às 9h de segunda-feira. Ouviram os disparos e em seguida o veículo deixou o local, ma ninguém soube precisar quantas pessoas estavam dentro do carro. Os corpos só foram encontrados às 11h, após o proprietário ser avisado pelo caseiro da fazenda, situada a cinco quilômetros da Rodovia do Xisto, e foi verificar o que tinha acontecido.

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