O delegado Rubens Recalcatti, da delegacia de Araucária, responsável pela investigação da morte de Yuri Feringer Soares, 24 anos, Ana Lúcia Feringer Soares, 23, e da filha do casal, de apenas 6 meses, voltou ao local do crime na manhã de ontem.
O objetivo era colher mais provas que possam contribuir com as investigações. Na casa de um suspeito foi encontrada uma calça manchada de sangue. A peça de roupa passará por perícia, para ver se o material é compatível com o sangue das vítimas.
“Recolhemos algumas cápsulas calibre 380 e descobrimos que Yuri já estava sendo ameaçado de morte”, contou Recalcatti. Segundo o delegado, o irmão de Ana foi ferido com cinco tiros, há cerca de 10 dias. “Ele sofreu o atentado por engano, pois estava usando a moto do Yuri, e ninguém sabia disso.”
Além dos vizinhos, o delegado ouviu pessoas que tinham contato com as vítimas e aguarda familiares do casal chegarem a Curitiba, já que eles são naturais de São Paulo e do Maranhão. “Temos alguns suspeitos, mas vamos guardar essas informações para não atrapalhar as investigações”, informou Recalcatti.
Brutalidade
O casal e a criança foram assassinados pouco antes da meia-noite de sábado para domingo, quando os assassinos arrombaram a porta da casa de madeira e, com muita violência, cometeram o crime. Yuri levou tiros nas costas e na cabeça e morreu na sala.
Ana Júlia estava no quarto e foi atingida por dois tiros na cabeça. Provavelmente um destes disparos acertou Jullyane, que estava no colo da mãe. A criança foi levada por um vizinho até uma viatura da Guarda Municipal, que transportou o bebê ao hospital Niss III, no município. Mas Jullyane já chegou morta ao pronto-socorro.