Belém – A Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil de Pernambuco vão investigar os sete jurados do julgamento em que Valentina de Andrade foi absolvida da acusação de mutilar e matar meninos em Altamira (PA). A comissão formada por representantes da Procuradoria Geral da República e da Secretaria Nacional de Direitos Humanos defende abertura de inquérito para apurar se a incomunicabilidade dos jurados foi quebrada. Existem suspeitas de que os jurados receberam telefonemas e visitas no hotel onde estavam em Belém. Os sete jurados vão ser convocados a depor e podem ter os sigilos bancário e telefônico quebrados.
“Alguma coisa abrupta ocorreu”, disse o superintendente da PF no Pará, José Sales. Para ele, houve algo muito suspeito no julgamento.
O juiz do processo e os jurados negam que tenha havido a quebra da incomunicabilidade. “Meu filho foi lá (ao hotel) levar umas coisas para mim, deixou na portaria. Se isso aí é receber parente…”, disse uma jurada, por telefone, à reportagem.
Ontem, a promotoria entrou com recurso pedindo anulação do julgamento, sob argumento de que a sentença foi contrária às provas reunidas no processo.
