O depoimento da garota de programa que testemunhou a morte de Luiz Guilherme Laynes Leinig, 31 anos, em um quarto de motel na BR-277, Orleans, na tarde de domingo, trouxe mais detalhes sobre o crime. O garçom identificado apenas como Jhony, que desferiu os golpes de canivete contra a vítima, permanece foragido. O Corsa preto placa ATF-2372, usado por Jhony para fugir, não foi encontrado.

Soneca

continua após a publicidade

A garota contou na Delegacia de Homicídios que Luiz entrou no motel escondido no porta-malas do próprio carro, por volta das 8h. Os três teriam consumido cocaína e cerveja e Luiz foi dormir no carro. Por volta do meio-dia, Luiz bateu várias vezes na porta e isso teria deixado Jhony irritado. Os três se conheciam há muito tempo.

Luiz entrou e foi para o banheiro escovar o cabelo. Ele disse que precisava ir embora, porque tinha compromisso, e a garota concordou, dizendo que também precisava ir. Jhony teria dito que já tinha efetuado o pagamento do quarto até as 15h e ficou ainda mais bravo.

Briga

A garota contou que saía do banho, quando viu os dois discutindo. Jhony partiu para cima de Luiz e ordenou que ela saísse do quarto. Ela disse que andou na direção da portaria do motel e recebeu várias ligações de Jhony. Poucos minutos depois, ele apareceu sujo de sangue, no carro da vítima, ordenando que ela entrasse. Ela não quis entrar e a discussão do casal foi testemunhada por funcionários do motel. Jhony então derrubou o portão do motel e fugiu.

continua após a publicidade

O delegado Rubens Recalcatti, titular da DH, acredita que a irritação pela hora de ir embora pode não ser o único motivo do crime. Luiz cursava o último ano de Direito e ontem faria entrevista para ser vendedor de uma loja de carros.