As investigações para apurar o assassinato do empresário Pedro Ivo Dallabona, 61 anos, morto a facadas na madrugada de domingo, tomaram novo rumo. Inicialmente a polícia de Campo Largo supunha que o homem teria sido assassinado ao reagir a um assalto, mas novos indícios descartaram esta hipótese. Segundo o superintendente Everson Haisi, da delegacia local, “a forma brutal como o homem foi assassinado indica que ele pode ter se envolvido em alguma confusão. Quem tem a intenção apenas de assaltar não mata desse jeito”. Além disso, a polícia encontrou o registro de uma queixa contra o empresário, feita por uma pessoa de parentesco próximo. A queixa tinha teor de ameaça, o que coloca o denunciante também como suspeito.
As primeiras informações obtidas pela polícia foram de que Pedro estaria voltando de Campo Largo para Curitiba, onde teria ido combinar o valor de um serviço de frete, o qual prestaria nos próximos dias. Quando passava pela BR-277 a caminhoneta dele enguiçou e foi guinchada pelos funcionários da Rodonorte (concessionária responsável pela rodovia) até um posto de combustível próximo. Chegando no Posto Bassani ele teria ido até um telefone público, localizado nas margens da rodovia, para falar com a família. Durante o trajeto, o homem teria recebido voz de assalto, reagido e por fim sido assassinado. Entretanto, esta versão não está convencendo os policiais. “Esta história não está muito clara, pois no interior do posto há um telefone, portanto, não haveria necessidade de ele procurar outro”, diz o superintendente. A polícia também descarta a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), já que a família não sentiu falta de pertences do empresário. “O homem foi morto com diversas facadas pelo corpo, estamos apenas esperando o resultado da perícia para saber com precisão o número de golpes. Se fosse assalto o autor teria dado uma facada, se assustado e fugido. O assaltante não teria perdido tempo perfurando o empresário”, diz o superintende.
Suspeita
Uma das suspeitas que estão sendo apuradas é que Pedro teria ido até um dos bares de beira de estrada e se desentendido com alguém, mas está hipótese ainda não foi confirmada. Até o final da tarde de ontem os policiais estiveram no local do crime, para apurar mais informações com os moradores e possíveis testemunhas, mas por enquanto a única pista é a faca que foi usada para matar Pedro, deixada ao lado do corpo dele. A arma está sendo analisada pelos profissionais do Instituto de Criminalística.
