O Jardim Ludovica, no Tatuquara, foi ocupado por 157 policiais militares e 27 guardas municipais na manhã desta segunda-feira (01), uma preparação da área para receber uma Unidade Paraná Seguro (UPS), prevista para quinta-feira.
Oito pontos de bloqueio foram montados na vila, que concentra 7 mil habitantes, ou seja, 13% dos 54 mil moradores no Tatuquara. A área, que faz divisa com Araucária, foi escolhida devido aos altos índices de criminalidade.
Segundo a PM, a média de crimes contra a vida no Tatuquara é maior que o dobro da capital. Ou seja, o bairro tem 64 homicídios para cada 100 mil habitantes, enquanto Curitiba registra 27 assassinatos para cada 100 mil pessoas.
A PM informou que o efetivo de policiais que já existe no Tatuquara, ou seja, pertencentes ao 13º Batalhão, não será remanjeado. A UPS terá um efetivo fixo de 30 novos policiais, para completar o pelotão que já existe no bairro e o outro que fica na Ceasa.
Seguindo a linha de instalar UPS nos bairro mais violentos da capital, o próximo a receber o projeto é o Cajuru. A instalação está prevista para o início de novembro. O Tatuquara está recebendo a 9ª UPS da capital.
As outras já foram instaladas no Uberaba, Parolin, Sítio Cercado e CIC. Neste último bairro, o mais populoso de Curitiba, cinco unidades foram instaladas nas Vilas Sabará, Caiuá, Nossa Senhora da Luz, Verde e Sandra.
Preparação
Segundo a Polícia Civil (PC), todas as áreas que receberão UPS passam por uma preparação antes. Nos últimos três meses, a PC fez operações no Tatuquara e Cajuru e prendeu 34 pessoas (17 em cada bairro).
Também cumpriu 38 mandados de apreensão de armas e drogas (35 no Tatuquara e 3 no Cajuru), que resultaram na apreensão de meio quilo de cocaína, quatro armas e 162 munições.