Oito dos homens que invadiram os apartamentos do Edifício Palais Lac Léman, um dos mais luxuosos condomínios de Curitiba, no bairro Mossunguê, no início do mês de julho, foram identificados por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos. Marcelo Ventola, 24 anos; Sandro Aparecido Pereira de Moraes, 27; João Paulo dos Santos, 25; Davidson Pereira de Moraes, 24; Anderson Carvalho de Freitas, 24; Maiko Ricardo Fiorini, 26; Rafael Francisco de Oliveira, 23, e Daniel Frutuoso da Silva, 24, são os suspeitos do crime e estão com mandados de prisão decretados pela Justiça.
O delegado Alfredo Dib, da Delegacia de Furtos e Roubos, informou que foram meses de investigação para se chegar a parte da quadrilha paulista que invadiu o prédio. Na época do crime falava-se que o grupo havia roubado R$ 1 milhão, mas o valor registrado na delegacia foi de R$ 762 mil, entre jóias e dinheiro. “Há duas semanas eles estão com mandado de prisão decretados. Já passei o nome e as fotografias para a polícia de São Paulo, já que todos são de lá. Mas até agora não obtivemos êxito nas prisões”, comentou o policial. Ele disse que os oito marginais foram reconhecidos pelas vítimas.
Dib adiantou que outras pessoas estão sendo investigadas e já tiveram suas identidades apuradas, mas seus nomes não foram divulgados.
Assalto
Os marginais entraram em 11 dos 22 apartamentos, no início da noite daquela terça-feira. Eles aguardaram a troca de turno dos porteiros da guarita para agir e também se aproveitaram do fato de estar acontecendo uma festa de estudantes de Direito no salão do condomínio. Eles renderam os convidados, mas deixaram claro que o objetivo era saquear os apartamentos. Depois de invadir e dominar os proprietários de 11 apartamentos – o edifício é de um apartamento por andar -, os marginais disseram que iriam embora. Eles perguntaram ainda se algum dos moradores tinha carro blindado. Uma moradora disse que tinha, mas que o veículo era equipado com rastreador por satélite. Eles desistiram de fugir com o automóvel e saíram levando as jóias e o dinheiro.
Pouco depois, boa parte da Polícia Civil se mobilizou e deslocou-se até o prédio, procurando informações. Até o delegado-geral Adauto de Abreu de Oliveira e o próprio secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazzari estiveram lá. Equipes da Polícia Militar igualmente foram mobilizadas e dezenas de viaturas deslocaram-se para a região. Porém todo o esforço foi em vão e os bandidos conseguiram escapar, sem deixar pistas.
Os próprios moradores demoraram a colaborar com a polícia, que levou semanas para apurar o que havia sido efetivamente roubado e quantos apartamentos tinham sido saqueados.
