Outros dois homens acusados de envolvimento na morte do torcedor paranista Diego Henrique Raab Gonciero, de 16 anos, foram presos na tarde de ontem. Fábio Marques, 33 anos, conhecido como “Barba Ruiva”, é apontado como o atirador; e Gilson da Silva Teles, 28 anos, teria dirigido o carro no dia do crime, que ocorreu em julho de 2012. No mês passado, a polícia deteve o ex-advogado da torcida organizada Fanáticos (do Clube Atlético Paranaense), Juliano Rodrigues, de 42, o “Sucke”, dono da arma utilizada para matar Diego.

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O delegado Clóvis Galvão, da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe), considerou encerrada a investigação com a prisão de Fábio e Gilson. “Após muito trabalho chegamos a autoria do crime. Concluímos com a prisão preventiva dos principais acusados”, disse.

Participações

“O Fábio foi a pessoa que puxou o revólver e atirou nos torcedores do Paraná e acabou matando esse menino de 16 anos. O Gilson era a pessoa que estava conduzindo o veículo, viu tudo, assistiu tudo e por isso foi decretada sua prisão preventiva”, explicou o delegado.

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Já Juliano, preso em 15 de março, teria emprestado o revólver calibre 38 para Fábio. “A bala extraída do corpo da vítima saiu do revólver dele. Isso foi provado através do laudo do Instituto de Criminalística”, afirmou Galvão.

Ele cumpre prisão domiciliar enquanto a Polícia Civil providencia cela especial, a qual tem direito por ser advogado militante da comarca.

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O motivo do assassinato foi uma desavença existente entre as torcidas organizadas do Atlético (Fanáticos) e Paraná Clube (Fúria Independente), com as torcidas do clube pernambucano Sport (Gangue da Ilha e Torcida Jovem).

Crime

O assassinato foi no dia 1º de julho de 2013, quando, por volta das 12h30, integrantes da Fúria e da Torcida Jovem faziam um churrasco na sede da torcida do Paraná Clube, próximo à Vila Capanema. Três carros passaram atirando contra eles e atingiram o adolescente.

Com a proximidade da Copa do Mundo, o delegado ressaltou que a violência em estádios não vai ficar impune. “Quem tiver a intenção aqui no Paraná de praticar atos de vandalismo, arruaças e delitos em estádios de futebol será responsabilizado conforme a lei. A Polícia Civil não medirá esforços para que nós tenhamos nossos campos de futebol seguros”, afirmou.