Polícia Federal fecha empresas de segurança

A Polícia Federal (PF) apresentou ontem os resultados da ?Operação Varredura 7? no Paraná. Em todo o Estado, 53 empresas da área de segurança privada foram autuadas e terão suas atividades encerradas. Outras 96 empresas foram notificadas para que se regularizem na Polícia Federal.

A operação também resultou na apreensão de materiais que estariam sendo utilizados em atividades não autorizadas pela PF, como armas, cartuchos, algemas, cassetetes, giroflex e coletes. A operação, que contou com a mobilização de 50 policiais federais, foi deflagrada na segunda-feira.

Segundo o coordenador da operação, Marco Antônio Ribeiro Coura, durante a investigação, a PF constatou haver 730 empresas cadastradas na Junta Comercial do Paraná. Dessas, apenas 64 empresas de segurança e monitoramento eletrônico e 13 escolas técnicas têm autorização da PF para atuar no ramo. As empresas que receberam notificação terão prazo para regularizar suas atividades com a PF ou alterar seus contratos sociais.

De acordo com o coordenador geral da Comissão Consultiva de Assuntos de Segurança Privada da PF, Adelar Anderle, a operação visa combater a clandestinidade na prestação de serviço de segurança privada.

Em todo o País, a PF tem cadastrados atualmente cerca de 1,592 milhão de vigilantes, dos quais apenas 436 mil contam com registro em carteira. Segundo Anderle, considerando os 600 mil profissionais que atuam como temporários, há pelo menos 1,5 milhão de vigilantes atuando na informalidade.

Anderle salienta a possibilidade de vigorar um estatuto, que regulamentaria todas as atividades ligadas à segurança privada no país. ?Essa proposta, que foi definida em uma audiência com parlamentares e representantes de sindicatos do setor, deve ser aprovada num período de três meses.? Ele ressalta que o número de profissionais com contrato formalizado com empresas de segurança já é 5% maior do que todo o efetivo de segurança do País.

Centronic

Anderle confirmou ontem que a empresa de segurança Centronic teve indeferido o recurso contra a decisão da Comissão Consultiva da PF, que determinou a cassação da licença da empresa. A negativa foi publicada ontem no Diário Oficial. A empresa, que agora terá dez dias para recorrer da decisão, informou que vai se valer de todos os recursos para ?garantir o direito de atuar na área de segurança privada?. A Centronic foi autuada pela PF por negligência, após ter três vigilantes ligados à empresa acusados assassinar o estudante Bruno Strobel Coelho.

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