A Polícia Federal encerrou as atividades de uma empresa de vigilância privada na manhã desta quinta-feira (11), em Santa Felicidade, que atuava de forma clandestina. O proprietário, um ex-policial militar, foi preso em flagrante. Entre as irregularidades, a empresa não possuía autorização da PF e captava sinal de rádio na frequência da Polícia Militar, sem autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A PF recebeu denúncias que o Grupo Mirage atuava de forma irregular, que, conforme divulgado pela polícia, foram comprovadas após diligências. O proprietário alega que a empresa atuava apenas com serviços de monitoramento e portaria, mas no local foram apreendidos equipamentos como giroflex, colete balístico, aparelho de eletrochoque, spray antiagressivo e balaclavas. “O giroflex, por exemplo, é um equipamento que nem pode ser usado pela segurança privada. Os outros maquinários indicam que a empresa atuava com segurança privada”, afirmou o delegado Jorge Fayad.
Detido
O ex-policial, que não teve o nome divulgado, deve responder pelo crime contra telecomunicações por usar a frequência da PM sem autorização. Ele disse à polícia que a empresa estava funcionando há três meses, mas, segundo Jorge, há informações que atuava desde 2010. Os clientes que contrataram os serviços de vigilância do Grupo Mirage serão notificados e, caso mantenham este serviço com a empresa, podem responder criminalmente, de acordo com Fayad.
O delegado explicou que há critérios que as empresas de vigilância privada precisam seguir para atuar. Os vigilantes, por exemplo, não podem ter antecedentes criminais e devem passar por capacitação. “O risco para a sociedade é receber segurança de pessoas que não estão preparadas adequadamente para esse serviço”, disse. Ele orientou a quem estiver em busca de empresa de segurança particular deve procurar a PF para saber se é autorizada a prestar o serviço.