Polícia Federal destrói R$ 4,5 milhões em drogas

A Polícia Federal (PF) promoveu ontem, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, uma grande destruição de drogas apreendidas em operações realizadas nos últimos dez anos. Foram incinerados uma tonelada de maconha, 250 quilos de cocaína, 339 frascos de lança-perfume e dois mil comprimidos de ecstasy.

?A maior parte das drogas foi apreendida na capital e em municípios vizinhos. Apenas em relação à cocaína, duzentos quilos são resultantes da Operação Ícaro, deflagrada na cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, no ano passado?, explicou o chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Superintendência da PF de Curitiba, delegado Rosalvo Ferreira Franco.

A incineração foi realizada após obtenção de autorização judicial. Segundo o delegado, a legislação brasileira permite a destruição de entorpecentes após realização de laudo definitivo dos mesmos, o que geralmente acontece alguns dias após o flagrante e a feitura de laudo preliminar de constatação. Porém, alguns juízes preferem esperar que os réus recebam a sentença em segunda instância antes de autorizarem a destruição. Daí o motivo de algumas drogas terem permanecido até dez anos no depósito da PF da capital.

A estimativa é de que as drogas destruídas totalizem, no mínimo, R$ 4,5 milhões. Isto porque, também de acordo com Rosalvo, no Brasil um frasco de lança-perfume é irregularmente comercializado por organizações criminosas por valores que variam de R$ 50 a R$ 80, o mesmo preço de um único comprimido de ecstasy. Um quilo de maconha chega a custar entre R$ 250 e R$ 300 e um quilo de cocaína, entre R$ 15 mil e R$ 18 mil. Fora do Brasil, a cocaína chega a ser comercializada entre R$ 50 mil e R$ 60 mil o quilo.

Os entorpecentes foram levados de Curitiba a Almirante Tamandaré num caminhão escoltado. Na Região Metropolitana, as drogas foram destruídas num forno, a cerca de 900 ºC, pertencente à empresa Barigüi Indústria e Comércio de Cal. Participaram dos trabalhos – responsáveis pelo esvaziamento de cerca de 80% do depósito da Superintendência da PF – vinte agentes.

As principais portas de entrada de entorpecentes no Paraná são Foz do Iguaçu, na região oeste do Estado e na fronteira com o Paraguai, e municípios que fazem divisas com o Mato Grosso do Sul. 

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