A Polícia Federal (PF) desmantelou uma das principais quadrilhas de tráfico de drogas que atuava na região de Maringá. Entre a noite de terça-feira e a manhã de ontem, 17 pessoas foram presas durante a Operação Satélite. O líder da quadrilha, Welbster Benevenuto Albertassi, 28 anos, já havia sido detido no início do ano quando foi flagrado com 12 quilos de cocaína.
Dos 15 mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça de Maringá, dez foram cumpridos ontem no Paraná e São Paulo, sendo que quatro pessoas já estavam presas anteriormente. Outras sete foram flagradas com droga.
Os mandados de prisão foram cumpridos ontem por mais de 50 policiais em Maringá, Sarandi, Cruzeiro do Oeste, Rolândia e Rosana (SP). As cinco pessoas que continuam foragidas são procuradas no Paraná e Mato Grosso do Sul.
Segundo o delegado Alexander Noronha Dias, da PF em Maringá, desde o início das investigações em fevereiro, outras 21 pessoas já haviam sido presas e três adolescentes apreendidos, totalizando 37 pessoas detidas. Também foram apreendidos 65 quilos de cocaína, tanto em forma de pasta base quanto em forma de crack.
Na ação de ontem, mais 500 gramas de maconha e 490 gramas de cocaína foram apreendidos, além de seis veículos: dois Golf, um Fiat Stilo, um Peugeot, um Audi, uma caminhonete F-250 e uma moto Twister. Eles foram recuperados em Maringá, Sarandi, Rolândia, Guaíra e Paranacity. Até agora, foram 19 automóveis e quatro motocicletas apreendidos desde fevereiro.
Welbster, alvo principal da investigação, foi localizado em maio. Segundo a PF, ele tem um longo histórico de denúncias e é apontado como o maior responsável por adquirir e distribuir a droga, geralmente cocaína e crack, em Maringá e imediações. Ele ostentava diversos bens e imóveis adquiridos de maneira ilícita.
Todos os presos ontem estão envolvidos na quadrilha e muitos deles ficaram responsáveis pela distribuição da droga depois que Welbster foi preso, como contou o delegado.
A cocaína era adquirida em cidades que fazem fronteira com o Paraguai, como Foz do Iguaçu, Guaíra e Ponta Porã (MS), e posteriormente seguia para Maringá e municípios vizinhos.
