Apontado como um dos maiores traficantes do Paraná, com bases de vendas no Pilarzinho e no Cajuru, em Curitiba, e também em Almirante Tamandaré e Pinhais, Marcelo Stocco foi preso domingo, pela Polícia Federal.
Ele tinha mandado de prisão preventiva expedido pela 2.ª Vara Criminal Federal, por onde tramita o processo referente a Operação Nieman, feita em 2009, pelo Grupo de Operação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná.
As investigações estão em segredo de Justiça, porém apontam que Stocco além de ter voltado ao tráfico de drogas e de ter ameaçado um policial militar que prendeu um de seus comparsas, pretendia fugir para o Paraguai.
Operação
Em novembro de 2009, policiais civis e militares, juntamente com o Gaeco prenderam 16 pessoas no Paraná e em Santa Catarina, acusadas de formar quadrilha de tráfico de drogas, principalmente crack. Entre elas estavam Stocco, a mãe dele, a mulher e um irmão, capturados em Camboriú (SC).
Foram apreendidos 28 quilos de drogas, entre crack e cocaína; quatro coletes à prova de balas; R$ 110 mil em dinheiro; dez carros e uma moto; notas fiscais em nome de Stocco, além de sete armas (uma pistola calibre 40, uma espingarda calibre 22 semiautomática – com queixa de roubo -, dois fuzis, uma submetralhadora e dois revólveres 38).
Stocco comandava a quadrilha nos moldes de uma empresa, estabelecendo cotas diárias para cada traficante, e o dinheiro obtido era investido por ele e por familiares em imóveis.
O dinheiro do tráfico seria lavado em uma empresa de construção sediada em Araucária. Stocco já havia sido preso em 2003, pela Policia Federal (PF), acusado de tráfico de cocaína e homicídio, mas foi liberado em 2006.