Abordagem de rotina, no posto de pedágio em São Luís do Purunã, na BR-277, às 15h30 de ontem, acabou se transformando na maior apreensão de pasta base de cocaína, feita pela Polícia Federal (PF) no Paraná, este ano. Os 23 quilos da droga estavam dentro de balões de festa, escondidos no tanque de combustíveis do Gol placa AOA-1125, e vinha de Comodoro (MT) para ser distribuída em Curitiba.
O condutor do automóvel, o ex-bancário Diguimare Pereira de Novais, 41 anos, morador no Cajuru, está preso em flagrante. Depois de ?batizada? (misturada com outras substâncias para o consumo final), contabiliza a PF, a droga renderia a seus vendedores algo em torno de R$ 2 milhões.
O delegado Fernando Francischini explicou que a Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF vem realizando barreiras em diversas entradas da cidade, para intimidar a entrada de drogas. Quando policiais federais abordaram Diguimare, desconfiaram de sua atitude nervosa e, na revista, encontraram a droga.
Disfarce
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| Droga estava dentro de balões de festa. |
Para fazer com que a polícia não desconfiasse que transportava drogas, Diguimare levou sua esposa junto na viagem. Pega de surpresa, ela disse que em momento algum suspeitou que seu esposo estivesse carregando entorpecente. Ela foi ouvida apenas como testemunha no inquérito policial. Diguimare confessou que recebeu R$ 5 mil para trazer a cocaína a Curitiba e afirmou que não conhecia o receptador.
Ele seguiria até um restaurante perto da Ceasa, onde uma pessoa lhe reconheceria pela placa do carro e o abordaria.
Ele também não revelou de quem comprou a droga, nem o nome de outros possíveis envolvidos no esquema.
Francischini explica que a pasta base, após ?batizada?, triplica de volume. Cada quilo da droga é vendido a cerca de 10 mil dólares.Diguimare foi autuado por tráfico internacional de drogas, já que a cocaína não é produzida no Brasil.
