Um desmanche foi fechado e quatro homens foram presos em operação da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), na tarde de ontem, em Pinhais e São José dos Pinhais.

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De acordo com a polícia, a quadrilha era liderada por Orival Pereira dos Santos, o “Galo Cego”, 47 anos. O “negócio” dele era comprar carros destruídos, em leilões, consertá-los com peças de veículos furtados e colocá-los à venda no mercado.

Para isso, contava com ajuda dos “funcionários” Arilson Paulo Goulart, 32, Teodoro Breinack Júnior, 53, e Ivaldo Cortonezi, 40, segundo apurado pela polícia.

O delegado Anderson Cássio Ormeni Franco explicou que os carros eram furtados em Curitiba e levados para o desmanche, numa chácara na Borda do Campo, em São José dos Pinhais.

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Os veículos eram desmontados em poucos dias, tanto que a polícia encontrou peças do Sandero placa AQR-6425, furtado na segunda-feira, no centro da capital. No barracão, estava sendo cortado o Crossfox, BCS-0119, furtado terça-feira, na Água Verde. A polícia acredita que a quadrilha desmontava de três a quatro carros por semana.

Oficina

De acordo com o delegado, as peças eram levadas para uma oficina, na Rua Manoel Bandeira, em Pinhais. “A quadrilha comprava carros avariados e os deixava na oficina. O chassi, as placas e o motor eram mantidos e o restante era trocado por peças dos veículos furtados. Depois, o carro montado era colocado à venda no mercado pelo preço normal de um usado”, explicou Anderson.

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A polícia chegou até a quadrilha depois de quase dois meses de investigação, que permitiu identificar os envolvidos e os locais usados pelo grupo. Ontem, os policiais se dividiram e abordaram os suspeitos na chácara e na oficina.

“Arilson e Teodoro foram detidos no desmanche. Eles retiravam as peças dos veículos furtados. Orival foi preso na oficina, junto do Ivaldo, que trabalhava para ele na montagem dos carros”, contou o delegado. A polícia apreendeu seis veículos adquiridos em leilão.

“Exportação”

Todos os detidos foram autuados em flagrante por receptação, formação de quadrilha e adulteração de sinal identificador. A polícia suspeita que parte das peças fosse vendida para oficinas em Santa Catarina e continua investigando para tentar localizar demais integrantes da quadrilha e os responsáveis pelos furtos.

Aliocha Maurício
Na chácara, Crossfox era desmontado e Sandero já estava em pedaços.