A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) está intensificando as investigações sobre os responsáveis pelo roubo de relógios Rolex em Curitiba. Ontem, foi divulgado o retrato falado de um indivíduo que teria participado de um assalto ocorrido na Rua Vicente Machado, no dia 7 de outubro, momentos antes de o empresário Yarede Yared Filho, 46 anos, ser assassinado nas imediações, por um ladrão de Rolex. De acordo com informações do delegado Gil Tessarolli, uma testemunha informou que passava pela referida rua, próximo ao Hospital Militar, quando viu um homem armado com revólver batendo no vidro de um carro, numa clara situação de assalto. Em seguida, ela ouviu disparos e tratou de sair do local. A testemunha não soube informar à polícia se o roubo foi consumado ou se a vítima foi ferida. O marginal foi descrito como moreno, magro, aproximadamente 25 anos e 1,65m de altura, cabelo e olhos escuros.
O delegado informou que não há registro de boletim de ocorrência dessa tentativa de roubo, mas que a vítima deve ser localizada para prestar esclarecimento sobre o fato. Até agora, não há nenhuma ligação concreta entre este assalto e o latrocínio que resultou na morte do empresário, entretanto, é uma pista que está sendo investigada pela DFR. A ocorrência desse roubo coincide com informações obtidas de que, antes do assassinato de Yarede, um outro assalto aconteceu nas imediações da Rua Vicente Machado, onde foram ouvidos disparos.
Investigação
O delegado Rubens Recalcatti, titular da DFR, ressaltou que esse retrato falado não tem a ver diretamente com o caso da morte do empresário, mas pode ter alguma ligação. Isso porque a polícia investiga a participação de uma quadrilha especializada no roubo a relógios de marca. “Temos três linhas de investigação e uma delas com grande possibilidade de êxito. Temos mais informações que são mantidas em sigilo”, esclareceu o policial.
No latrocínio que resultou na morte de Yarede, dois homens em uma motocicleta vermelha pararam a poucos metros da Cherokee do empresário e, aproveitando o congestionamento na esquina das ruas Vicente Machado com Francisco Rocha, resolveram agir. O garupa da moto desceu e, empunhando uma arma, parou ao lado do empresário – que conduzia o carro – e deu voz de assalto. Após uma discussão, o marginal roubou o relógio e ainda disparou contra a vítima. Ferido, o empresário foi conduzido ao Hospital Santa Cruz, onde morreu.
Há probabilidade desse último retrato falado divulgado ser do comparsa que estava pilotando a motocicleta envolvida no latrocínio. Não há dados sobre o piloto, pois ele estava com capacete durante o assalto. A DFR está se empenhando na resolução desse crime, tentando identificar possíveis suspeitos. No final da semana passada, um rapaz chegou a ser detido para averiguação, porém, nada ficou evidenciado contra ele, que foi liberado. Até agora, três retratos falados do assassino foram confeccionados pela polícia e divulgados pela Tribuna.