A Polícia Civil desvendou e confirmou que a morte de Wellington Honorato Fernandes, 17 anos, aconteceu por ciúmes. O adolescente foi assassinado de forma cruel por dois rapazes, no dia 18 de março, próximo ao colégio que estudava no Alto Boqueirão.
No dia do crime, familiares suspeitavam de que o ex-namorado da menina que Wellington estava se envolvendo seria o autor do crime. Agora a polícia confirmou a informação, prendeu um dos suspeitos e procura por outro.
Segundo levantamentos realizados pelos investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os autores foram identificados como André Luis Ferreira da Silva, 18 anos, e Jean Carlos de Souza, 19, que foi preso nesta semana. André é considerado foragido.
O crime aconteceu no cruzamento das ruas Itaúna do Sul com Ivaiporã, logo no começo da manhã, quando o adolescente chegava para estudar. Ele foi abordado por dois rapazes em uma moto, que deram vários tiros e dois acertaram no tórax e no peito. Wellington morreu na hora.
No dia do crime, familiares contaram que o assassino teria gritado ao rapaz: “Vai mexer com a namorada dos outros”, antes de mata-lo. A frase só confirmou a suspeita da família, que sabia que um dia antes o estudante tinha sido ameaçado por namorar uma menina de 14 anos que estudava na mesma escola.
Com as investigações, a polícia chegou aos nomes de André e Jean, através de testemunhas. André seria o ex-namorado da menina, que não aceitou o relacionamento e, junto com Jean, assassinou o estudante.
“Os dois rapazes tiveram suas prisões temporárias decretadas pela Justiça e Jean foi preso pelos investigadores no começo da semana, mas agora procuramos pelo André, que é o principal envolvido no crime”, explicou o delegado Fábio Amaro. Segundo o delegado André teria fugido para a casa onde morava com a família na Vila Pantanal, no Alto Boqueirão.
“Mas os policiais estiveram no local e, obviamente, não o encontraram. Estamos sem suspeitas do paradeiro do rapaz”. Por conta disso, a foto de André está sendo divulgada pela Polícia Civil e informações podem ser passadas à DHPP pelo 0800-6431121, cujo anonimato é garantido.
O estudante Wellington não tinha passagens pela polícia e trabalhava com jardinagem. Segundo o tio, Lauro de Oliveira, 44 anos, o garoto era tranquilo, nunca se envolveu em brigas ou qualquer desavença e gostava de pescar e jogar futebol. “Uma injustiça e crueldade sem tamanho”.