Após meses de investigação, a polícia apresentou versão que pode explicar o assassinato de um casal de professores em Domingos Soares (Sudoeste do Estado). Luis Ernesto Heibert, 26, e a mulher dele, Aparecida Elaine Muller Karli, 25, foram mortos em 23 de junho do ano passado numa estrada vicinal do município. Cada um levou três tiros.

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Segundo a polícia, o casal teria sido morto por engano. O alvo do duplo assassinato deveria ter sido uma mulher e seu amante, no que teria sido um crime passional. O crime teria sido encomendado por Adir da Luz, que vivia num assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na região. De acordo com a polícia, Adir desconfiava que a mulher ? com quem mantinha um relacionamento ? o traía, e por isso encomendou o crime.

A versão da polícia informa que Adir teria contratado Francisco Assis dos Santos, 28, e Neurival Dorberto, 23, conhecidos na região como ?irmãos França?, para cometer o crime. Os dois viviam num assentamento em Honório Serpa. Os irmãos teriam sido informados de que as vítimas deveriam ser emboscadas e mortas durante um trajeto de motocicleta numa estrada vicinal de Domingos Soares.

Para isso, diz a polícia, os irmãos França roubaram um carro em Clevelândia, montaram a emboscada e, quando uma moto se aproximou, abriram fogo. Nesse momento, porém, teriam percebido que tinham cometido um engano: haviam atirado no casal de professores.

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A polícia afirma que, por conta do erro cometido pelos irmãos França, Adir teria planejado a morte deles. Em 12 de junho, Francisco teria sido morto por Dirceu Denarci Zeni. O inquérito mostra ainda que, em 13 de junho, Adir e um grupo arregimentado por ele ? João Neir Velozo, Marcio Alípio Silva, Jacir Arreal, Valdecir Sturme, Moizes Machado Soares e Gentil Vieira ? teriam ido atrás de Neurival para matá-lo. Neurival teria sido golpeado por Valdecir e morto por Marcio com um tiro.

Com a investigação concluída, o delegado solicitou mandados de prisão dos envolvidos para a juíza de Palmas, Márcia Margarete do Rocio Borges. Baseada nas investigações dos policiais e nas declarações de testemunhas, a juíza decretou a prisão preventiva de todos.

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Na quarta-feira (16), Marcio Alípio da Silva e Gentil Vieira foram presos em Francisco Beltrão. Adir da Luz e Moizes Machado Soares já estavam presos na Penitenciaria de Beltrão, acusados de furtos e roubos na região. Dirceu Denarci Zeni, João Neir Velozo, Jacir Arreal e Valdecir Sturme estão foragidos. Os quatro presos foram removidos para Curitiba e vão responder por homicídio e formação de quadrilha.