A polícia de Piraquara deu um duro golpe no tráfico de drogas na noite de domingo, quando foram aprendidos mais de um quilo de crack, e três pessoas foram presas. Duas das prisões aconteceram por acaso e a terceira foi através de denúncia anônima.
A ?empresária? Leonice Brandelione Ferreira, conhecida como ?Nice?, 42 anos; Jonatas do Nascimento, 23, e Oneido Rodrigues de Lima, 40, foram autuados em flagrante por tráfico de drogas.
Leonice é considerada a ?rainha? do tráfico em Piraquara. Segundo a polícia, ela já atuou em Colombo e Pinhais e, agora, estava instalada no Jardim Holandês, em Piraquara. Em seu interrogatório, Leonice se intitulou empresária.
Foto: Alberto Melnechuky |
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Jonatas diz que comprou as pedras de Oneido, que nega tráfico. |
A mulher foi presa por volta das 17h30 de domingo, em sua casa na José Faustino da Silva, depois que policiais militares receberem uma denúncia de que ?Nice? estava na ativa novamente.
?Falta?
Ao entrarem na casa, os policiais acharam várias pedras de crack escondidas dentro de uma panela, sob a mesa da cozinha. Mais pedras de crack e cocaína foam encontradas dentro de uma caixa de sapato, na sala da casa. No total, foram aprendidos 650 gramas de crack e 122 de cocaína.
Os policiais ainda encontraram R$ 3.292,00 em cédulas de pequeno valor, guardados em uma gaveta do guarda-roupas, além de uma pequena balança de precisão.
O escrivão Vilibaldo Fededevjck informou que Leonice já esteve presa pelo mesmo motivo diversas vezes. ?Ela sempre foi considerada uma traficante forte.
Com certeza com a prisão dela irá faltar droga na região?, informou Vilibaldo. Ele disse que as investigações continuam no sentido de apurar para quem Leonice fornecia e de quem comprava.
Um dia a ?casa? cai
Policiais militares do serviço reservado do Comando de Policiamento do Interior (CPI) faziam levantamentos para combater o tráfico de drogas quando viram um táxi vermelho, com placas de Guaratuba, trafegando pela Rua Herbet Trapp, no Jardim Guaraituba, em Piraquara, e o abordaram. Ao se identificar como policiais, Jonatas, passageiro do táxi, jogou pela janela 260 gramas de crack. Na seqüência, os policiais foram até a Rua Maia Rodrigues de Assumpção, no mesmo bairro, onde mora Oneido e encontraram mais 295 gramas de crack e R$ 2.689,70 em dinheiro.
Jonatas disse que esta é a terceira vez que busca droga na casa de Oneido. ?Eu fui contratado para levar a droga para Garuva, Santa Catarina. Ia ganhar R$ 150,00, além do valor da corrida do táxi?, contou. ?Da primeira vez fiquei com medo, mas como não aconteceu nada, continuei?, contou.
Apesar da confissão do rapaz, Oneido negou que venda drogas. ?Sou pedreiro. Não sei de quem é isso. Colocaram na minha casa, mas também não sei quem foi?, alegou.
22 quilos em Ponta Grossa
Foto: Sesp |
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?Tijolos? estavam em carro acidentado. |
A Polícia Militar realizou a maior apreensão de crack já feita em Ponta Grossa. Ontem, policiais da Polícia Rodoviária Estadual encontraram 22 quilos de pasta da droga escondidos em um Celta que vinha de Mato Grosso do Sul.
De acordo com o capitão Edmauro de Oliveira Assunção, comandante da 5.ª Companhia de Polícia Rodoviária, a droga foi apreendida depois do atendimento a um acidente na PR-024, no município de Reserva. O motorista do Celta perdeu o controle da direção e bateu numa árvore. ?Aparentemente era um acidente como vários que estamos acostumados a atender?, disse.
Os policiais começaram a desconfiar que algo estava errado devido ao nervosismo do motorista, quando o carro era removido para o posto de fiscalização de Imbaú. ?Os policiais iniciaram a revista minuciosa no carro, encontrando e apreendendo a droga?, explicou o capitão.
Tijolos
Foram localizados 22 pacotes do tamanho de tijolos envoltos em papel celofane. O entorpecente tinha sido colocado na forração e revestimento das laterais direita e esquerda e da parte traseira do carro. Conforme os policiais, os 22 pacotes totalizam 22 quilos de pasta de crack.
Cálculos de especialistas em narcóticos avaliam que de cada grama de crack é possível extrair até cinco pedras, após a mistura com outras substâncias.
O homem preso com o carregamento da droga disse que ia ganhar R$ 3 mil pelo transporte do entorpecente. De acordo com a polícia, essa quantidade de droga poderia render algo em torno de R$ 1 milhão.
