Cerca de 20 homens da Companhia de Policia de Choque, Ronda Ostensiva de Natureza Especial (Rone) e cães farejadores passam a reforçar a segurança em todo o litoral paranaense. O efetivo entra em ação para dar apoio aos batalhões que já se encontram em policiamento na Operação Verão. O Canil terá participação especial nos trabalhos.

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De acordo com o subcomandante da Companhia de Choque, capitão Luiz Marcelo Maziero, os cães treinados são uma das forças que passam a ser utilizadas para realização de abordagens no embarque e desembarque sentido Ilha do Mel e em terminais rodoviários dos balneários.

“Estamos trabalhando para a segurança dos turistas que visitam as praias paranaenses. A população pode ficar tranquila, pois estamos à disposição, preparados para atuar na segurança, desde o embarque até o desembarque para as ilhas, e outros terminais com a ajuda dos cães”, enfatizou Maziero.

Os cães de faro são treinados para localizar drogas em lugares escondidos, pessoas embaixo de escombros e desabamentos de terras, como por exemplo, o que aconteceu em Santa Catarina recentemente. Para o estado vizinho, foi enviado o cão Hurt, de quatro anos e da raça Blood Hound que, na opinião do subcomandante do choque, desempenhou um ótimo trabalho.

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Operação

Para a Operação Verão foram enviados, com os respectivos adestradores, três cães que, segundo o subcomandante do Canil, tenente João Rodrigues Feitosa, são especializados em encontrar entorpecentes. O pastor alemão Xingu, com o soldado Proença, o labrador Lotus com o soldado Semann e a cadela labrador Beta Preta com o cabo Wesolowski. Os três cães foram treinados pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, em Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Eles são transportados em uma viatura especial.

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“Para ter um cão especializado para atuar em uma operação é preciso de um a dois anos de adestramento. O cão tem os sentidos 40 vezes mais apurados do que o ser humano, por isso fica mais fácil utilizá-los em operações que envolvem procura de pessoas e entorpecentes”, relatou Feitosa.

Canil

O Canil da Polícia Militar do Paraná foi inaugurado na década de 70 e conta hoje com 42 cães, sendo um vira-lata chamado Dingo, que recebeu este nome, de acordo com o tenente Feitosa, por lembrar um cachorro da raça Dingo Australiano.

Os cães recebem consultas veterinárias todo mês, alimentação diária, banho, manutenção no canil e carinho dos adestradores. Uma das ações do canil é inibir o tráfico de drogas usando as habilidades dos cães.

Resultados

De 28 de dezembro de 2008 a 4 de janeiro de 2009 o canil, em parceria com a Rone, apreendeu em Matinhos 16 buchas de cocaína e dois tabletes de maconha e em Guaratuba uma arma 38, cinco gramas de maconha e mais duas buchas da mesma droga.

Além disso, os policiais abordaram 23 veículos de passeio, dos quais três foram aprendidos e 416 pessoas, das quais 17 foram detidas. O trabalho do Canil será realizado até o final da Operação Viva o Verão no litoral paranaense.