A Polícia Civil já instaurou 200 inquéritos na Operação Viva o Verão, de 19 de dezembro até esta terça-feira (13), no litoral. De acordo com o delegado Valmir Soccio, coordenador da Polícia Civil na operação, este número representa o trabalho desenvolvido pela instituição nas praias. “Há preocupação muito grande com a conclusão dos inquéritos para que eles sejam solucionados o mais rápido possível”.
Já foram registrados perto de 1.600 boletins de ocorrência, em média 64 boletins por dia. O principal motivo é perda ou extravio de documentos. Segundo Soccio, fazer o registro da perda de um documento ajuda a combater a criminalidade. “Muitas vezes os documentos perdidos são utilizados para a prática de crimes”, avisa. A polícia realizou 215 prisões no período. Destas, 55 foram por tráfico de drogas seguido de embriaguez ao volante com 43.
Para realizar esse trabalho a Polícia Civil conta com o reforço do efetivo em todas as delegacias, inclusive as especializadas. Fazem parte da Operação Viva o Verão unidades especializadas como o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Divisão de Crimes contra o Patrimônio, Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.
Acordo
As Polícias Civil e Militar, Ministério Público, Poder Judiciário e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) firmaram acordo, em 23 de dezembro, para tornar mais rápidos os processos e fazer com que eles não fiquem sem solução. De acordo com a polícia, a população do litoral, de quase 300 mil pessoas nos sete municípios, chega a ter uma população de cerca de 500 mil pessoas durante o verão. Com este aumento, a polícia precisa intensificar os trabalhos na região principalmente para acelerar os inquéritos e processos.
De acordo com a juíza Cristiane Santos Leite, coordenadora da Justiça Estadual na Operação, os crimes e delitos que acontecem durante a temporada muitas vezes ficam sem solução, porque quem comete o crime volta para sua cidade de origem. “A união entre as polícias, Justiça, Ministério Público e IAP é fundamental para que todos que venham ao litoral fiquem tranqüilos e possam se divertir com segurança”, disse a juíza.