80 mil comprimidos

Polícia Civil faz apreensão recorde de ecstasy em Curitiba

Cerca de 80 mil comprimidos de ecstasy foram apreendidos pela Polícia Civil no Alto Boqueirão, na maior apreensão do entorpecente no Paraná. A maior parte da droga, avaliada em R$ 4,5 milhões, estava escondida no painel de um carro. Bruno Murilo dos Santos, 26 anos, e Juliano Vinícius Sanches, 32, foram presos, suspeitos de trocar droga por objetos roubados de comércios da região.

A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) investiga, há aproximadamente dois meses, uma quadrilha que assalta comércios no Alto Boqueirão. “Eles trocavam os produtos, principalmente eletrônicos e celulares de última geração, por drogas”, explicou o delegado Rodrigo Souza. A polícia recebeu denúncia que uma das transações aconteceria na tarde de segunda-feira (26), em uma casa na Rua Maestro Carlos Frank. Bruno e Juliano foram abordados na residência, onde foram encontrados aproximadamente 4 mil comprimidos de ecstasy, cem munições e uma pistola Taurus, de uso restrito e com mira a laser.

Carro

Os policiais foram até a casa de Juliano, com a informação de que tinha droga escondida dentro de um Fox prata. O carro estava adaptado e dentro do painel estavam cerca de 76 mil comprimidos de ecstasy. O delegado acredita que a droga tenha vindo do exterior. “Apreendemos o passaporte do Juliano, com passagens por Lisboa, Madri e Amsterdã”, informou o policial.

“As investigações indicam que a quadrilha exportava cocaína e importava ecstasy”, afirmou o delegado Marcelo Magalhães, da DFR. Marcelo ressaltou que essa apreensão é apenas o começo. “Pretendemos retirar de circulação os ladrões que integram a quadrilha que fazia a troca”.

O delegado Alan Flore, da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), destacou que a divisão deve receber informações da DFR para dar continuidade às investigações e identificar se existem outros envolvidos. Ele explicou que o ecstasy é uma droga sintética, produzida geralmente em países europeus. “Esse tipo de droga é consumida em festas frequentadas por pessoas com poder aquisitivo mais elevado”.

Átila Alberti
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