Três cassinos clandestinos que pertenciam ao mesmo dono foram fechados pela polícia no bairro Rebouças e 107 máquinas caça-níqueis foram apreendidas. Os centros de jogatina funcionavam em três residências no bairro, localizadas nas ruas Baltazar Carrasco dos Reis (a mesma da delegacia), João Negrão e Almirante Gonçalves. O proprietário foi levado à delegacia e disse aos policiais que o prejuízo, somente com a apreensão das máquinas, foi de R$ 100 mil, sem falar no que arrecadava com as apostas. Ele foi liberado depois de assinar termo circunstanciado. A ação aconteceu nesta quinta-feira (16).
“A maioria das vítimas são pessoas aposentadas, que perdiam muito dinheiro, porque neste esquema quem ganha é somente o dono das máquinas. Mesmo sendo um crime menos ofensivo, estamos atrás desses cassinos e logo vamos fechar outros”, disse o delegado Vilson Alves de Toledo. Ele fez um apelo aos filhos destes idosos. “Eles precisam orientar os pais e intervir. Alguns deixam toda a aposentadoria nestas apostas”, completou.
Nos cadernos de contabilidade os nomes se repetem, mostrando a frequência em que os apostadores iam aos cassinos. “Eles abriam às 15h e não tinha hora para fechar”, informou Toledo. O próximo passo da polícia será investigar as pessoas que alugaram os imóveis para o jogo ilegal.
Questionado sobre o grande número de cassinos encontrados no Rebouças, em outras ações policiais, o delegado justificou que isso acontece pela proximidade com o bairro Água Verde. “É o tipo de clientela que eles procuram. Pessoas de mais idade, que pertencem às classes A e B”, explicou Toledo.